março 05, 2010

Eleições Directas do PSD – A minha declaração de interesses


Caros Companheiros,


Tal com o fiz em Maio de 2008, aquando do anterior processo eleitoral interno do partido, considero ser minha obrigação enquanto membro da Comissão Política da Secção B, apresentar a minha declaração de interesses relativamente ao processo eleitoral que estamos a viver.

Faço-o por duas razões fundamentais. Em primeiro lugar por lealdade para com os meus companheiros de Comissão Política. Relembro que a génese da existência das eleições directas configura a liberdade de opção de escolha e voto de cada militante. Na Secção B este é um princípio basilar da nossa tradição.

A segunda razão prende-se com o convite, por mim aceite, para ser o director de campanha, para a secção B, da candidatura do companheiro Pedro Passos Coelho. Pessoalmente, penso que é minha obrigação desvincular da minha posição e função que vou exercer do cargo que ocupo da Comissão Política da Secção. O meu apoio a Pedro Passos Coelho é individual e só a mim me vincula.

Termino deixando uma última palavra para as razões que me levaram a aceitar o desafio que me propuseram.

Se eu tivesse conseguido parar o tempo, poderia repetir o que escrevi em 23 de Maio de 2008 aqui


Mudaria uns nomes, mas não as razões fundamentais. Mas, acrescento apenas uma pequena retórica aproveitando as palavras âncora de cada uma das candidaturas.

Não acredito em Rupturas porque, na sua essência, são feitas por - e à - força. São dolorosas e deixam sempre uma parte separada de outra. Se o Unir seduz, considero contudo que é frágil na incapacidade de criar diferença, mostrar esperança . Se se parte da união, ela por si só não nos faz mais do que "unir". É demasiado curto. O que nos acrescenta valor numa "união" são os objectivos a alcançar, o desafio de fazer mudanças, de sair de onde estamos e partir para a luta, de forma sólida e preparada, mostrando a convicção de se “querer ser” líder desse momento de mudança. Mudar, sim é uma opção que se toma. E foi isto que os fundadores do partido nos deixaram, uma vontade única de ser motor das mudanças.

Paulo Veiga da Fonseca

NOTA: Informei previamente o meu amigo,companheiro e presidente de Comissão Política da Secção Gonçalo Sampaio da colocação deste Post.

março 04, 2010

Esclarecimento aos Militantes

Foi difundida pelo Jornal Público, na sua versão online, uma peça jornalística com o título ” Passos Coelho elege 312 em 452 delegados ao Congresso extraordinário”. No corpo da notícia o director de campanha de uma das candidaturas é citado nas seguintes expressões:

“Por sua vez, o director de campanha de Paulo Rangel, Mário David, disse que esta candidatura não faz "balanço nenhum" da eleição de delegados ao congresso extraordinário de 13 e 14 de Março porque "não se trata de um congresso electivo".

"Nós não nos metemos nas listas de delegados que foram apresentadas a este congresso extraordinário. (…)

Mário David referiu que (…) na sua secção, "a secção B de Lisboa, Paulo Rangel elegeu três delegados e Passos Coelho dois", mas considerou que "os resultados desta eleição não querem dizer rigorosamente nada".

Perante estas afirmações consideramos conveniente repor publicamente a verdade dos factos mas, principalmente, defender aquilo que foi a vontade expressa livremente pelos militantes da secção B.

Nesse sentido seguem-se os esclarecimentos por parte do Presidente da Comissão Política do PSD da Secção B.

Gonçalo Sampaio
Presidente da Com. Política do PSD da Secção B

Na qualidade de presidente da comissão política promovi a constituição de uma lista que integrasse vários militantes da Secção, independentemente das suas opções para a liderança nacional. Promovi essa lista pois acredito que há mais PSD para lá dos candidatos à liderança e porque este Congresso não é, não deve nem pode ser, apenas um congresso de "claques e de tropas". Infelizmente, alguns assim não entenderam e quiserem "fulanizar" a eleição de Delegados. Embora discorde frontalmente, estão no seu direito. Para que não restem dúvidas na Secção B de Lisboa foram eleitos cinco delegados. Três são da lista por mim encabeçada (além de eu próprio, o presidente da JSD e a Dra. Paula Teixeira da Cruz, numa lista que incluía ainda o vice-presidente da secção Luís Nazareth e o Prof. Pedro Lynce). Os outros dois delegados eleitos faziam parte de uma lista que se diz declaradamente apoiante do Dr. Paulo Rangel. Independentemente de quem, daqueles que integravam a lista vencedora, venha a apoiar para liderança nacional, é manifestamente abusivo dizer que o Dr. Paulo Rangel elegeu 3 delegados. É uma questão de fazer contas...”


Resultado das eleições para delegados ao XXXII congresso do PSD – 13/14 Março, Mafra

Lista B – 75 votos (3 delegados Eleitos)

Lista R – 57 votos (2 delegados Eleitos)