março 29, 2008

PONTE FERRO-RODOVIARIA BARREIRO - CHELAS ( BEM NO MEIO DE LISBOA)



COMO SEMPRE..SAI A NOTÍCIA ANTES DO ANÚNCIO OFICIAL. SE É PARA "APALPAR" TERRENO...


março 28, 2008

PREPOTÊNCIA E ARROGÂNCIA! ESTA É A LIDERANÇA ACTUAL DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA.





A noticia aparece com pouco destaque na comunicação social, como seria de esperar dizemos nós. Tivesse sido nos executivos do PSD e teríamos os canais de televisão a promover debates, frente-a-frentes, opiniões públicas e até mereceríamos que António Cerejo do Público desenvolvesse prosa acutilante e Fernando Alves na TSF, logo pela manhã, dissertasse com a sabedoria e alma de quem sente cada palavra, mil e um argumentos sobre a nova forma de depauperação da democracia em Lisboa.

Mas como sabemos António Costa não tem pudores, nem éticas políticas quando toca a colocar "na ordem" jornais e jornalistas, que de mansinho saem de cena.

Mas o que ontem aconteceu em sessão de Câmara foi grave. Muito grave.



O Bloquista advogado e Vereador Sá Fernandes teve a ideia de trazer para Lisboa a iniciativa Wind Parade e que tinha como sua grande "bandeira" a colocação de 15 moinhos Eólicos em diferentes pontos da cidade, como forma de sensibilizar, promover o uso energias alternativas.

Como se sabe estas estruturas são destinadas, devido à sua envergadura, estrutura com mini-turbinas e o seu impacto visual e sonoro,essencialmente para uso rural, em sítios ventosos e afastados das populações.

Ora o Vereador Sá Fernandes acha que não e apresentou uma proposta ao executivo camarário para aprovação.

Depois uma acesa discussão na reunião de Câmara de quarta-feira, o vereador José Sá Fernandes, aconselhado pelo presidente António Costa, decidiu não levar à votação a proposta de colocar os tais 15 moinhos eólicos porque constatou que existe uma oposição que pensa e entende do que se trata e que por isso se preparava para chumbar tal proposta.

Só que na manga da coligação socialista-bloquista existia uma jogada de mestre de tipo Venezuelano Chavez.

António Costa anunciou que o evento se iria realizar, mas através de um despacho seu e sem dar oportunidade à vereação - entenda-se os 17 vereadores - de se pronunciar.

A atitude do presidente levou os vereadores do PSD a abandonar a sala, enquanto ainda decorria a reunião. Uma atitude que levou Costa a encerrar os trabalhos.


A oposição em peso pronuncia-se agora contra o que considera ter sido um desrespeito do presidente em relação aos vereadores.

«Uma intolerável manifestação antidemocrática e de prepotência do Presidente António Costa e do Vereador José Sá Fernandes».

« Uma toada crescente de autoritarismo, tratamento descortês e resistência à crítica que raia a obstinação. Inapropriadas afirmações jocosas que procuram ridicularizar a oposição».

«A Câmara não é um ‘conselho consultivo’ do Presidente cujos trabalhos ele possa tratar a seu belo prazer: é um órgão colegial, em que cada eleito detém um voto derivado da vontade popular».
Dizem os vereadores que se opuseram á decisão da dupla António Costa/Sá Fernandes.

Em comunicado, o PSD considera que o presidente desrespeitou as « instituições democráticas, em particular pelo órgão que é a Câmara » e que «qualquer acto administrativo tomado à revelia de uma recusa explícita de um órgão democrático prefigura um autoritarismo .

Pela democracia e no direito à liberdade na diferença de opinião, o PSD nunca abdicará de recorrer a todos os meios democrático s para defender os cidadãos de Lisboa »

Uma posição política correcta do PSD em Lisboa que merece mais intervenção por parte da distrital.

Nunca, como agora, a Câmara está a servir de palco de ensaio para projectos políticos perigosos para a democracia resultante da legitimidade dos votos dos cidadãos.

O PSD não pode ficar indiferente.

Sá Fernandes abusava da boa vontade do anterior executivo no uso dos tempos de intervenção em sessões de Câmara para mentir, vilipendiar e ofender os vereadores do PSD. Tinha a dupla personalidade de "vereador" e de "acusador e inquisidor".

Hoje com o poder nas suas mãos e de braço dado com a colaboração activa de António Costa e do PS, deixa cair a máscara e transparece o desrespeito pelas instituições e colegas legitimamente eleitos e neste caso maioritariamente. É a ditadura da minoria com o poder nas suas mãos.

Temos que tirar Lisboa das mãos desta dupla política PS/BE. É altura do PSD ter "A Voz" e "o rosto" para reconquistar Lisboa.

Não contra "15 Moinhos de Vento" mas contra a intolerância, a arrogância e a prepotência!

março 27, 2008


A ESCOLA DE HOJE É O MAIOR ERRO DO FINAL DO SÉCULO XX.


Hoje em agenda pública encontra-se o problema da indisciplina nas salas de aulas em Portugal. O filme da Escola Carolina Micaelis é o suporte de todo este debate que remete para outras situações e depoimentos.

O PSD foi governo durante 15 anos em Portugal e teve responsabilidades na política educativa que nas últimas duas décadas tem sido implementada em Portugal.

Não podemos deixar de assumir as nossas responsabilidades com algumas das decisões que tomámos enquanto tivemos o Ministério mais situacionista resultante de um crescimento exponencial de recursos humanos nos Verões quentes de 74 e 75.

Contudo, eu apanhei os tempos do PSD no ensino secundário e posso dizer que, também, foram anos de grande desenvolvimento nas escolas no que diz respeito ao investimento nas ferramentas educativas, na participação dos alunos em projectos liderados pelos professores, no inicio do desporto escolar.

Tivemos os melhores Ministros de Educação da democracia Portuguesa: Roberto Carneiro, Manuela Ferreira Leite, David Justino.

Mas o grosso da responsabilidade da actual situação é propriedade de quem trouxe teorias educativas remanescentes de uma linha Troskista e Socialista de cariz urbano e intelectual. Aliás, são as personagens que praticamente não aparecem nos fóruns de debate que têm sido realizados.

Foi a ideia de "Escola socialista" destes pensadores sociais que militaram na "extrema esquerda universitária e urbana" que fez os maiores estragos na educação em Portugal.

Todos somos responsáveis. Por incapacidade de nos opormos, de levarmos as nossas ideias em frente. Os professores claro! Porque acordaram tarde demais para este fenómeno como entidade corporativa. Os pais sem sombra de dúvida, porque aceitaram que as dificuldades diárias das suas vidas os afastassem de serem pais de corpo inteiro com obrigações de educação dos seus descendentes, no que diz respeito aos deveres e direitos que a cidadania confere a cada um de nós.

Agora temos que arrepiar caminho e ter uma nova mensagem para a Escola. Onde a necessidade absoluta na qualidade dos professores tem que ter uma correspondência na defesa da sua autoridade, nas condições de ensino, na exigência disciplinar e de resultados dos alunos.

Uma Escola proactiva no ensino e na educação. Exigente mas empreendedora no sucesso de cada aluno. Uma Escola multidisciplinar onde o ensino curricular e a actividade da comunidade educativa se complementam e envolvem todos sem excepção.

A nossa Escola tem que ser um local onde se aprenderá a viver em comunidade e se prepara para enfrentar o difícil e competitivo mundo do trabalho.


Paulo Fonseca
GOVERNO DESCE IVA DE 21 PARA 20%
Uma opinião de Pedro Braz Teixeira


Pontos a favor:

Um certo desmentido da mentira eleitoral de não subir impostos. Sócrates abre a porta para nova descida em 2009, provavelmente de novo a meio do ano, que sai mais barato. Acabaria o IVA ao nível em que o PS o recebeu.


Em termos de timinig é uma boa jogada política. Não é completamente em cima das eleições, não fica ridiculamente eleitoralista. Uma eventual nova descida fica com a desculpa que vem na sequência desta medida e não soa tão eleitorialista.


Coloca pressão para reduzir a despesa.

A desfavor:

Abertura do cinto antes do fim da cura de emagrecimento. Acontece por vezes que esta antecipação do fim deite a perder todo o trabalho feito.


Adia o momento em que política orçamental pode voltar a ser contra-cíclica, isto é, estabilizadora. Esta seria uma das críticas mais ferozes que se poderiam fazer. No entanto, como eu considero que o problema económico português é sobretudo o de falta de competitividade e não o de falta de procura, acabo por não considerar esta questão tão grave.


Como não recomendo qualquer estímulo orçamental nos próximos anos, não me preocupa que esta medida adie as condições para a aplicação deste instrumento.

Podiam ter ajustado em baixa ligeira a previsão de crescimento para 2008. Com tantas nuvens a materializarem-se no horizonte e os primeiros dados da economia portuguesa bastante fracos, era o mínimo. Assim reforça-se a ideia de que esta descida dos impostos assenta em pressupostos cada vez mais irrealistas.

Não é seguro que a descida de impostos se reflicta em redução de preços ao consumidor e tenha assim reflexo no bem estar das famílias.

A espertalhice de baixar o IVA só a partir de meio do ano, salvando assim a diminuição do défice.
A demagogia de ter chamado “leviana” a uma proposta do PSD de há pouco tempo de baixar os impostos.

Do ponto de vista económico, estou contra esta medida. Do ponto de vista político, acho difícil um governo resistir a esta tentação. É claro que, segundo as sondagens (que poderão, aliás, melhorar com esta medida), o PS é que está em melhores condições de ganhar as eleições de 2009. Mas é politicamente muito duro, fazer o trabalho de casa que permite baixar os impostos e depois ver o governo seguinte (sobretudo se for de outra cor e há sempre esse risco) colher os frutos.

Publicada por Pedro Braz Teixeira em http://pbteixeira.blogspot.com/2008/03/descida-do-iva.html

Aguardamos mais opiniões de militantes via comentários.

março 26, 2008

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS IV

Neste mundo global as realidades sociais, políticas e económicas sofrem mutações constantes que criam cenários com variáveis completamente diferentes de década para década. Vivemos, diria de há 10 anos para cá, numa nova dimensão sócio-política. Hoje falar de esquerda e direita é "fato" que não se veste no panorama partidário como nos anos seguintes à revolução de 1974.

O PPD nasceu baseado numa matriz política bem definida para o momento concreto da sua criação. Num novo contexto social que emergia duma convulsão revolucionária e na qual a mensagem e as causas, a sua maioria transportadas da ala liberal, apresentadas pelo PPD ganhavam receptividade por parte de uma população de homens e mulheres que vinham da classe média trabalhadora, universitária e empreendedora.

O próprio partido adaptou-se, anos mais tarde, para responder aos anseios de modernidade, de desenvolvimento económico e educacional, que corporizavam a legitima aspiração de uma larga maioria de um povo em integrar uma Europa Unida económica e socialmente. O PSD surge como o Partido capaz de reformar o Estado e a sociedade. Abrindo o mercado, apostando na revitalização da força económica do país, apoiando o empreendorismo do tecido empresarial português, em particular das pequenas e médias empresas, apostando num maior acesso ao ensino superior como forma de incrementar a qualificação das novas gerações, apoiando os jovens com algumas políticas financeiras, como foi o caso do crédito jovem bonificado. Acreditou na liberdade da imprensa abrindo a comunicação social à iniciativa privada.

Estávamos perante um PSD mais reformista, mais liberal. Há quem diga um PSD mais à esquerda .

Com sucesso mas, estou certo, também com erros , alguns dos quais, que contribuíram para que o país chegasse ao ponto que conhecemos.

Esta visão do que foi para mim o PPD/PSD de 74 a 95, vem justificar a minha posição relativamente ao posicionamento do Partido para os novos tempos que estamos a viver.

A nossa matriz reformista e social-democrata , com valores e princípios que prezam "the freedom to choose" da iniciativa privada, mas também, o direito à vida, à educação, aos serviços de saúde de qualidade e à liberdade de expressão ( como se diz no texto de apresentação deste blog), deverão ser traves inabaláveis.

Penso que não somos um partido de "direita" como a comunicação social insiste a referir-se ao PSD. Somos um partido de características muito próprias, somos híbridos com diz Pacheco Pereira, e gostaria que os sociólogos e teóricos políticos um dia pudessem identificá-las de modo a definirmo-nos "taxonomicamente" numa nova nomenclatura, que fuja à dictonomia direita/esquerda.

Dito isto, digo que sim! Que devemos levantar bandeiras e causas de "esquerda". Não para ultrapassarmos o PS por esse lado. Mas porque temos que entrar por "esse lado". Temos um povo à nossa espera. Que aguarda um PPD ou PSD que lhes traga uma mensagem que assente:

  • num novo paradigma económico para o país bem definido no sentido e no objectivo;
  • que venha responder às necessidades da vida real. Daqui , não de Bruxelas, ou das estatísticas que têm o seu valor estratégico, concordo, mas que muitas vezes estão deslocadas da realidade social.
  • que assente num Estado mais pequeno mas com funções mais dirigidas para a definição de estratégias e causas nacionais, impulsionador da iniciativa privada com políticas económica-financeiras de apoio concretas.
  • num Estado que devolva segurança e justiça. Segurança Social, Segurança na prestação de bons serviços de saúde para todos, Justiça fiscal, justiça social.

A notícias caem todos os dias nos nossos ouvidos. As taxas de referência Euribor sobem a níveis mais elevados, são 100.000 as famílias em colapso devido aos créditos à habitação e ao consumo.

100.000 famílias. Entre 300.000 a 400.000 pessoas directamente afectadas.

Quantas mais indirectamente?

Muitas são trabalhadores no activo, outros fazem parte dos 7,8 % de desempregados.

Numa economia de mercado a existência de cartéis não é possível. Seja nas mercearias da minha rua, seja nas petrolíferas ( do tal mercado liberalizado por nós PSD), seja na banca.

A lei da concorrência e a vitalidade dos mercados não são compatíveis com a auto-protecção corporativa.

E assim sendo, não deveria o Estado usar a sua capacidade correctiva destes "desvios"? Este assunto não é comparável ao pormenor do IVA a um serviço ou bem especifico. Estamos a falar de um mercado que tem consequências, segundo me parece óbvias, em diferentes sectores de actividade do país e nos próprios custos sociais que Estado terá que absorver.

Seremos nós, os nossos economistas, capazes mais do que rever a história relançar um novo paradigma económico?

Estaremos condenados a não "inventar" nada porque já tudo foi "inventado" lá fora?

O PSD sabe fazer bons diagnósticos, mas não é isso que nos leva a dirigir o país. A chave está em arranjar novas soluções.

Se não formos nós, alguém o fará por nós.

Paulo Fonseca