novembro 27, 2008

Eleições na Secção B para a Comissão Política e Mesa da Assembleia de Secção

SECÇÃO B/LISBOA


Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convoca a assembleia da secção B, para reunir, no próximo dia 27 de Novembro de 2008 (quinta-feira), pelas 19H00, na sede, sita no Campo Pequeno, 16-3º andar, com a seguinte

Ordem de trabalhos:

1 – Eleição da Comissão Políticade Secção
2 – Eleição da Mesa da Assembleia de Secção

Nota:
As listas candidatas devem ser entregues até às 24H00 do terceiro dia anterior ao acto eleitoral ao Presidenteda Mesa ou a quem estatutariamente o possa substituir.

As urnas estão abertas das 19H00às 23H00

O Presidente da Mesa
João Pedro Saldanha Serra -

PSD Secção B Campo Pequeno, 16 - 3º1000-241 Lisboa

novembro 09, 2008

Vale a pena debater porque existem outras soluções



O Tejo os Contentores e Lisboa, Possiveis soluções
Enviado por João Teixeira Pinto


" No estuário do Tejo, haverá uma zona com potencialidades para a construção de um grande terminal portuário que é na zona da Trafaria.

Já lá está instalado um terminal cerealífero ( Terminal de Granel) com dimensão referenciável a nível Ibérico, e que poderá ser ampliado abarcando outras valências portuárias. Nisto, se for considerada a obra do fecho da golada (ligação por terra ao Ilhéu do Bugio) que ainda se questiona dada a envolvente das praias da Caparica, do escoamento das areias geradas no Rio Tejo e a garantia das boas condições da Barra para a entrada dos navios no Tejo.

Estes assuntos foram conferenciados, no passado dia 30, num encontro sobre o Estuário do Tejo que se realizou na Sociedade de Geografia de Lisboa.

A inconveniência actual do terminal da Trafaria é não ter consolidada, nem em consideração avançada uma ideia para caminho-de-ferro. Para, e do, Terminal da Trafaria convergem/divergem diariamente cerca de 300 camiões de transporte de cerais, causando grande pressão nas vias rodoviárias, aumento de tráfego pesado na Ponte e desagrado das populações por interferência na qualidade de vida.

Para tanto a construção de uma linha de caminho de ferro, com um comprimento de cerca de 10 km que ligaria à linha existente por alturas de Almada ou Cova da Piedade, e portanto ligada à rede ferroviária nacional. Para o futuro já teria ligação à Rede Europeia de Alta velocidade por Poceirão e Badajoz.

Com a construção deste canal de escoamento ferroviário e do cais de acostagem e de deposito/armazenagem da Trafaria, aliviava-se a utilização de cais de Alcâtara/Rocha de Conde de Óbidos, ficando este para exclusiva recepção de contentores para Lisboa e zonas exteriores com ligações rodoviárias já infraestruturadas.

Desta forma diminuía-se o tráfego rodoviário na cidade e proporcionava-se espaço de lazer e acesso ao Rio por parte das populações ao mesmo tempo que teríamos local para a acostagem de Navios de passageiros.

Esta, uma vertente turística agora assinalável e em expansão.

Ao invés, com envio de todos os navios de passageiros para Santa Apolónia poderá pensar-se numa desmotivação dos armadores em escolher o destino Lisboa, pois um Navio de Alcântara a Santa Apolónia não demorará menos de uma hora, que com o regresso serão mais duas horas de navegação, com os custos inerentes de distância e aumento de velocidade na recuperação de horários para a chegada ao destino seguinte.

Será que o aumento do prazo da concessão do terminal de Alcântara tão apressadamente não estará a esconder a preparação da privatização do terminal cerealífero da Trafaria?

E assim reverter-se o ónus, para a margem norte do Tejo, transformado em diminuição do “bem-estar” dos Lisboetas?

NÃO DEIXES QUE TE ROUBEM O TEJO


"NÃO DEIXES QUE TE ROUBEM O TEJO"



Por António Prôa


O PSD de Lisboa colocou no passado Sábado, em Alcântara, junto ao viaduto de acesso às docas, um cartaz que pretende marcar de forma simbólica a sua posição relativa à pretensão do governo em aumentar a capacidade e a área do terminal de contentores de Alcântara.


É um cartaz de conteúdo simbólico.


Com ele procuramos mobilizar os Lisboetas e todos aqueles que amam esta cidade de sete colinas mas também com uma frente ribeirinha única.


É uma afirmação de princípios daí de ser uma imagem simbólica.


E o Principio é: o acesso ao Rio deve ser livre para todos.


Cada vez mais os cidadãos procuram a frente ribeirinha para desfrutar a cidade e o que se pretende fazer é aumentar um muro que separa o Rio dos seus cidadãos. Vai aumentar a área interdita ao cidadão. Não é uma luta do PSD é uma luta da cidade, que apoiamos, e dos seus cidadãos na defesa do usufruto de uma parte de Lisboa que é sua.


Porquê esta opção?


Este processo parece ter muitas semelhanças com o do aeroporto que começou na Ota e acabou (?) em Alcochete. Em que estudos se baseou esta opção? Porque não são conhecidos? Existem? E em que estratégia nacional ou sequer regional se enquadra esta opção? Existe alguma? É fundamental ter uma abordagem regional e nacional no aproveitamento de Portugal e da Região de Lisboa para o tráfego e comércio marítimos.


É preciso fundamentar a decisão.


Porquê esta metodologia?


A lei prevê uma duração máxima de 30 anos para este tipo de concessões. No entanto, o governo aprovou uma lei "à medida" deste caso e desta concessionária que permite prolongar por mais 27 anos os direitos por negociação directa e sem qualquer consulta ou concurso público. Uma lei de excepção que beneficia uma empresa: a LISCONT e a MOTA ENGIL.


Deste modo impede os benefícios da livre concorrência, ficando, no mínimo, a dúvida legítima de ser possível encontrar alternativas mais vantajosas para o estado, logo para os portugueses. Estará o governo a salvaguardar o interesse público ou será o interesse privado a ter a vantagem?


António Costa e a Câmara de Lisboa não defendem os lisboetas.


O presidente da câmara municipal de Lisboa, tal como sucedeu com a terceira travessia do Tejo, prefere colocar-se ao lado do Governo.


Neste caso em concreto, prefere defender a posição da Administração do Porto de Lisboa, e de uma empresa, sacrificando o interesse público da cidade.


António Costa demite-se de defender os interesses da cidade e dos lisboetas e opta por ser cúmplice da agressão à cidade.


Um presidente leal para com os lisboetas exigiria respeito pela cidade, exigiria conhecer, exigiria poder condicionar.


Mesmo sem jurisdição sobre esta área, seria legítimo exigir. No mínimo!

novembro 07, 2008

Parabéns Presidente Barak Obama!



por Paulo Veiga da Fonseca
Mais do que simples palavras elas são a força da esperança que moveu um povo.


"together we´ll change this country, and we will change the world"




4 Novembro de 2008.

outubro 31, 2008

Pinho e as suas Fotografias!!





Por José Honorato Ferreira





Mais uma excentricidade de Manuel Pinho!





É estranho que a comunicação social não pegue nisto, para já não falar do maior partido da oposição.
No momento em que se discute o OE 2009 e em que tantos sacrifícios se pedem aos portugueses eis o momento para também se falar de ética nas finanças públicas.





"Política e Ética


Manuel Pinho, amante de fotografia, e os contribuintes

A campanha Portugal Europe West Coast (Europe WC… curiosa sigla) deu alguma polémica e escândalo, há pouco mais de um ano. A indignação resultou do facto de o governo português, pela mão do ministro da Economia, ter pago uma soma astronómica a um fotógrafo estrangeiro, Nick Knight de seu nome e ao que parece das relações pessoais do dito ministro, por umas fotografias trabalhadas em computador, sobre retratos de portugueses, actualmente famosos, embora nem todos conhecidos do grande público.

Nick Knight


A campanha terá custado à volta de 1 milhão de euros e parecia promover um produto de consumo, muito mais do que o nosso País como destino turístico.



Se o governo pretendia promover uma campanha sobre turismo em Portugal o normal seria fazer um concurso público, ainda que limitado, sem excluir naturalmente os fotógrafos nacionais. Além do mais estava em causa realizar uma despesa pública.


Naturalmente sabe-se que Manuel Pinho é um amador de fotografia, conhece e convive com alguns fotógrafos estrangeiros e a sua mulher é em grande parte responsável pela colecção de fotografias do Banco Espírito Santo (BesPhoto).


Parece que também decorou o edifício sede do Ministério da Economia, na Rua da Horta Seca, com numerosas fotografias artísticas, pouco depois de assumir as suas funções governativas.


Possivelmente, a nova decoração, a gosto do governante, também terá sido paga pelo erário público.



Segundo notícias recentes, nomeadamente no EXPRESSO, parece que Manuel Pinho pretende repetir este tipo de campanha contratando outro fotógrafo seu conhecido, também estrangeiro, Steven Klein, que será igualmente muito bem pago, mais 1 milhão de euros, através do Instituto de Turismo de Portugal.

Confrontado por um jornalista de televisão numa das suas visitas, o ministro Pinho começou a enrolar uns monossílabos, para não responder directamente à pergunta do repórter incómodo. Acabou por dizer atabalhoadamente que esse era um assunto do turismo e raspou-se.
No momento em que a economia e as finanças públicas estão como estão espera-se mais do governo – ao menos respeite o dinheiro dos contribuintes, não o gastando ao desbarato e sem controlo."


26 Outubro 2008

outubro 27, 2008

Diz não, a mais contentores em Alcântara. Segunda-feira, dia 27, às 19h30 na Doca de Santo



Por António Prôa

O governo juntamente com a Administração do Porto de Lisboa ( APL ) está a preparar-se para alargar a concessão do terminal de contentores em Alcântara por mais 27 anos à Liscont a troco das obras que estes últimos querem fazer a fim de triplicar a actual actividade Portuária de 350 000 contentores ano para 1 000 000.

A ampliação da capacidade do terminal de contentores de Alcântara que o Governo inoportunamente se propõe levar por diante vai implicar a criação de uma muralha com cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura entre a Cidade de Lisboa e o Rio Tejo.

Ora acontece que não houve qualquer discussão pública sobre esta necessidade e muito menos concurso público para tal fim, entregando assim o Governo de "mão beijada" esta concessão a uma entidade privada sem que houvesse a necessária discussão pública da necessidade ou não de tão grandes obras em Lisboa para este fim. Acresce que estas obras no terminal carecem ainda de investimentos complementares avultados em infra-estruturas de acesso por parte do Estado.

Os terminais de contentores existentes nos portos de Portugal no final de 2006 tinham o dobro da capacidade necessária para satisfazer a procura do mercado.

O Tribunal de Contas em relatório de Setembro de 2007 sublinhava que a Administração do Porto de Lisboa (APL) é líder no movimento de carga contentorizada em Portugal, e apresenta desafogadas capacidades instaladas e disponíveis, para fazer face a eventuais crescimentos do movimento de contentores.

A prorrogação da concessão do terminal de contentores de Alcântara até 2042 que o Governo pretende concretizar neste momento com o Decreto-Lei n.º 188/2008, de 23 de Setembro, e que prevê a triplicação da sua capacidade afigura-se assim completamente incompreensível, desnecessária, e inaceitável para mais sem concurso público como é a pretensão presente.

Apesar da lei prever 30 anos para a duração máxima das concessões, com esta prorrogação a duração desta concessão será na prática, de 57 anos, o que, tal como o Tribunal de Contas sublinha, impede os benefícios da livre concorrência por encerrar o mercado por períodos de tempo excessivamente longos.

Com esta decisão do Governo perde a Cidade de Lisboa, perdem os cofres públicos, perde o sistema portuário nacional, no fundo perdem os portugueses.

Na próxima segunda-feira, dia 27 pelas 19h30 na Doca de Santo, será apresentada uma petição exigindo a revogação desta decisão. É uma iniciativa de um grupo de cidadãos em que me integro. Apelo à participação de todos neste movimento de defesa do Tejo, de Lisboa e dos lisboetas, desde já através da presença nesta iniciativa.

outubro 15, 2008

"Quem quer Saltar da Montanha?"


Por Paulo Veiga da Fonseca
Em Julho desde ano dei conta, neste mesmo espaço, da minha visão sobre a candidatura que o PSD deveria apresentar à liderança da Câmara Municipal de Lisboa.

Intitulada de “Mais do que um nome” neste texto apresentei algumas das características que considero essenciais que “O Candidato” deveria possuir, como sejam:

1-Tem que ser alguém que queira ser presidente da câmara de Lisboa. Porque quem vier vem para ganhar, não pode ter outra hipótese

2- Viver Lisboa: que conheça e viva em Lisboa.

3- Que tenha visão para a cidade. O que quer que Lisboa seja nos próximos 10 anos.

4- Que não seja elitista. Que entenda que Lisboa é uma cidade feita das realidades de cada rua, cada bairro, das suas relações internas e do relacionamento de Lisboa com os concelhos vizinhos.

5- Que venha com novas ideias, novos métodos, que deixe o passado onde ele deve ficar e parta para fazer um novo futuro. Tem que marcar a diferença com o que está e com o que já esteve.

6- Seja um líder dos pés à cabeça. Que fale e os lisboetas oiçam. Que tenha uma boa penetração na comunicação social.

7- Que conheça bem os problemas da cidade, que domine os dossiers Municipais, que conheça bem a estrutura camarária.

Acrescentei, ainda, alguns considerandos sobre a gestão política deste processo, nomeadamente, os nomes que se lançam (auto-promovidos ou lançados pela Comunicação Social) para “testar” ou “queimar” e, acima de tudo, a obrigatoriedade de ser uma decisão rápida.

E nestes últimos aspectos, pelo que temos vindo a assistir as coisas não estão a correr nada bem.

Não coloco em causa os nomes que têm estado nas capas dos jornais. Cada um representa do melhor que temos para oferecer a Lisboa, com efectivas possibilidades de vencer esta desastrosa e arrogante gestão Socialista /BE da CML. Agora, parece-me confrangedor o amadorismo e a leveza com que se tem tratado este dossier.

"A Real Potilik tem destas coisas" - dizem. Certamente, respondo. Mas mesmo na Real Politik as coisas têm que ser bem feitas.

O risco do que estamos a assistir é que a solução final tenha custos, internos e eleitorais, mais elevados do que se tivesse decidido o candidato num curto espaço de tempo, de forma sustentada e assumida inequivocamente pela liderança, não permitindo especulações, fugas de informação, silêncios dúbios, debate interno público e erosivo para o PSD que se quer forte e coeso.

A vontade, a motivação, o espírito de missão deveriam ser as premissas individuais para quem quer ser presidente da Câmara de Lisboa.
Nesse sentido, quem sentisse este impulso deveria “chegar-se à frente” sem esquemas ou timings calculistas ( para ver se o outro vai ou não; ou antes que alguém avance, etc). Deveria ter assumido publicamente o seu interesse pelos problemas da cidade. Debater os erros, os ilusionismos e as incompetências deste executivo de António Costa. Deveria ter dito presente e não ter deixado demasiado tempo PSD Lisboa sem “a voz”.

No fundo devia ter respondido à pergunta : -“Estou pronto para saltar da Montanha?”

Agora pode ser tarde demais ou a “montanha” será mais rasteira e perigosa.
Nota: No momento actual, com a importante discussão sobre o orçamento, lançar o candidato e entrar em discussões internas é perder tempo, credibilidade e agenda. Em política o "momentu" é muito importante.

outubro 11, 2008



por Paulo Veiga da Fonseca



O novo censor do Estado Socialista/Bloquista

12 584 Dias depois do 25 de Abril de 1974, Lisboa assiste ao primeiro acto explícito de Censura política em Portugal, efectuado por um representante do Estado eleito pela democracia.

Estes são tiques perigosos que fazem lembrar outros que estão aparecer um pouco por este mundo: América latina, Leste da Europa, Ásia – políticos eleitos pela democracia a mudarem as constituições para exercerem o poder arbitrário do que deve e não deve ser a Liberdade de Expressão.

Estou a falar-vos da triste sequência de factos que ocorreram por causa do cartaz colocado pelo PNR na rotunda de Entrecampos.

Estou perfeitamente à vontade a escrever sobre este assunto: Sou um adversário político do PNR. Combaterei politicamente contra as suas ideias mais radicais no que concerne ao respeito pela diferença no género, na raça, na defesa de um Portugal sobre a capa de uma União Nacional. A força da minha convicta oposição a este partido resulta por fé, por crença, por racionalidade, por experiência pessoal.

Por tudo isto sinto mais obrigação de condenar convictamente a intervenção do Vereador Sá Fernandes, ao mandar retirar o cartaz em causa.

É uma atitude condenável a todos os níveis. Juridicamente porque não existe qualquer fundamento nos conteúdos do cartaz que ferissem a lei portuguesa. Aliás, como foi explicitamente referido pelo Procurador-Geral da República. Apenas vem confirmar os rumores sobre a fraca habilidade jurídica que o Advogado/ agora vereador possuirá.


Recordemos as providências, as acções populares que lançou e perdeu na totalidade contra a Câmara Municipal. Muitos se recordam do caso dos terrenos do Sporting Clube de Portugal, durante o anterior mandato de Carmona Rodrigues. Quando todos os partidos do Executivo, a própria Assembleia Municipal, tinham chegado a um acordo com o Clube Lisboeta, o Vereador ameaçou os seus colegas de executivo com uma participação crime ao Ministério Público e colocou uma acção contra o acordo, que recentemente mais uma vez perdeu.

A atitude que tomou é ilegal, ao abrigo da constituição, da lei da actividade Politica, lei dos partidos. O PNR é um partido legal, reconhecido pela Comissão Nacional da Eleições – Órgão que deve receber uma queixa formal do PNR e agir em conformidade junto do Ministério Público – que possui um número elevado de pareceres, jurisprudência e condenações transitadas em julgado em situações similares mas de gravidade inferior.

Mas também é condenável politicamente.

A Liberdade de Expressão politica é um dos pilares essenciais da democracia.


Os limites desta Liberdade não terminam quando o outro defende ideias diferentes das minhas.

Os limites da Liberdade de Expressão política estão quando a sua acção põem em causa a sobrevivência própria sociedade democrática como sejam, os apelos à revolução armada ou ao crime violento.

Depois de ser chamado, por essa blogosfera, de o "grande inquisidor", o bloquista Sá Fernandes assume uma nova faceta: o Censor!

Não quero que no meu país existam políticos e políticas, que imponham a sua ideologia. Onde não se possa dizer “tu és a ovelha negra da família” e se seja logo apelidado de fascista, reaccionário, racista, xenófobo.


O problema não é o que dizia o cartaz, o problema está no que esta esquerda extremista quer que se só se possa dizer no “seu” Portugal.

Sá Fernandes, com o apoio explícito do socialista Presidente da Câmara António Costa (como se viu no programa de ontem da Quadratura do Circulo) mandou retirar um cartaz de um partido político. A justiça tem que actuar. Porque quem tem que sair é o Vereador Sá Fernandes.

Como se ouvia em 1974: Abaixo a repressão! Censura nunca mais!

Neste texto os Substantivos mais usados foramLiberdade” e “Democracia”!

outubro 10, 2008

Coelho escondido com o rabo de fora



por António Prôa
O governo decidiu entregar a concessão da exploração da actividade portuária à empresa Liscont (do grupo Mota-Engil) por mais 27 anos. Assim, sem concurso, sem consulta, por contrapartida de obras de alargamento do terminal de contentores de Alcântara.

Não é estranho? Assim? Sem concurso? Sem consulta? Não haveria mais interessados? Não poderiam dar mais contrapartidas? Não poderia ser mais vantajoso para o estado (logo para os portugueses)? Nunca saberemos.

Certo é que Lisboa se prepara para ver crescer um muro de contentores a separa-la do rio. Longe vai o discurso de ligar a cidade ao rio… Interesses…

Outra coisa, o título deveria ser “Gato escondido com rabo de fora”. Vá-se lá saber porquê, troquei o animal…

Um Muro A Separar Lisboa do Tejo

O governo decidiu alargar o terminal de contentores de Alcântara para o triplo da sua capacidade actual. Isso significará prolongar a separação entre a cidade e o rio Tejo por uma barreira com cerca de 15 metros (um prédio de 5 andares) de altura na zona da doca de Alcântara.

A Liscont é a empresa que actualmente opera o serviço de contentores no Porto de Lisboa e o governo entendeu prolongar a concessão a esta empresa do Grupo Mota-Engil por mais 27 anos. Assim. Sem concurso, sem consulta. Sobre este “pormenor” pode ler mais aqui.

Longe vai o discurso de promover a ligação da cidade ao rio. E para não variar, a câmara de Lisboa, em vez de cuidar dos interesses da cidade e dos lisboetas, prefere fazer os fretes ao governo.

O plano de alargamento do terminal de contentores inclui também a reformulação dos acessos rodoviários e ferroviários aquela zona do porto de Lisboa com a alteração do nó ferroviário com novas ligações que terão impacto em toda a zona de Alcântara.

Não é admissível que a câmara municipal não discuta este projecto megalómano do governo que vai prejudicar a cidade de Lisboa e os lisboetas. Uma vez mais, os autarcas de Lisboa demitem-se de se pronunciar sobre uma intervenção com forte impacto no futuro da cidade e que se está a concretizar nas costas dos lisboetas.

António Costa e a liberdade de expressão




António Prôa

In camaradecomuns.blogspot.com




Na passada quinta-feira, dia 3 Outubro - no programa da SIC – Notícias – “Quadratura do círculo”, António Costa resolveu atacar de forma violenta a blogosfera. Podia ter feito uma crítica a um ou outro comentário, mas o objectivo era colocar em causa todo o meio e os seus participantes e por isso entendeu fazer uma acusação genérica que é sempre mais fácil e seguramente sempre injusta. Diga-se, em abono da verdade, que José Pacheco Pereira também ajudou, ao ponto de encontrar uma quantificação para o “lixo” da blogosfera: 99%. Onde foi ele encontrar esse número e com que critério?


António Costa não encontrou melhor expressão para identificar a blogosfera do que “SUBMUNDO”. Aqui fica o que pensa o presidente da câmara de Lisboa sobre a blogosfera:

s. m.,
"local ou meio onde se verifica a proliferação de actividades consideradas anti-sociais (criminalidade, consumo de droga, prostituição, etc. );

conjunto de indivíduos marginais ou delinquentes enquanto grupo social organizado e que se movem e actuam nesse local ou meio.”
Língua Portuguesa on-line – Priberam.pt


Tal era o empenho de António Costa em denegrir a blogosfera que tudo serviu de argumento, mesmo a utilização de argumentos falsos.

Nos tempos que correm, a blogosfera continua a ser dos poucos espaços de livre opinião não “controlada” pelo poder. António Costa tem revelado inteligência e sabe que ao contrário de outros meios, este não consegue controlar. Por isso tenta utilizar outro método: a descredibilização.

A aversão à crítica é aliás uma característica comum aos políticos. Mas António Costa já demonstrou que não suporta qualquer reparo. Alias, só isso justifica que critique agora um meio que utilizou de forma inédita quando esteve à frente do ministério da administração interna. A contradição numa pessoa inteligente só pode suceder quando o agastamento tolhe a razão. Parece ser o caso.

Infelizmente não é a primeira vez que António Costa revela que não admite a crítica. Logo no início do seu mandato, resolveu fazer um ataque absolutamente desajustado ao jornal Público classificando-o como “indigno”, ao seu director – José Manuel Fernandes que apelidou como “desqualificado” e ao jornalista José António Cerejo.

António Costa tem revelado repetidas vezes que não gosta da liberdade de expressão sempre que não é aplaudido. Para o actual presidente da câmara de Lisboa a imprensa séria é a que não o critica e a blogosfera credível é a que o elogia. Quanto à imprensa, desconheço os meios de pressão e a sua eficácia, quanto à blogosfera, creio que lhe dará mais trabalho…

Dr. António Costa, "submundo"?! Não havia necessidade...

António Prôa

setembro 25, 2008

MOBILIDADE DE FACHADA


Por António Prôa, in http://cidadanialx.blogspot.com/


A semana da mobilidade em Lisboa e o dia sem carros voltaram aos tempos das iniciativas de fachada, apenas “simbólicas”.


Um conjunto de eventos “faz de conta” que duram apenas uma semana ou até um só dia. Depois Lisboa volta ao mesmo.


Na semana da mobilidade de Lisboa, os actuais responsáveis camarários desdobraram-se num vai e vem (de emissões de CO2 e partículas poluentes para a atmosfera) de eventos festivos, anúncios propagandísticos mas depois dessa semana, tudo (ou quase) ficou como dantes. O exemplo mais ilustrativo desta campanha em que nada permanece foi a proibição da circulação de automóveis no dia sem carros que apenas serviu para causar perturbações ao trânsito (e consequente aumento de emissões poluentes) em parte da cidade e transtorno a muitos cidadãos.


Se alguém na câmara pretendesse ter uma abordagem responsável desta matéria teria tido a preocupação de deixar marcas definitivas de alterações na cidade que promovam a mobilidade sustentável. E teria tido um discurso que, para poder ser levado a sério, falaria em políticas metropolitanas de mobilidade, pois essa é a escala adequada para quem encara estes problemas sem o folclore a que se assistiu em Lisboa.


Pois, já estou a ver alguns leitores a falar do “negro” passado… Mas já é tempo de falar no presente e sobretudo no futuro.E no futuro é importante que a semana da mobilidade seja comemorada com medidas efectivas e definitivas.


É importante aumentar na cidade as zonas pedonais.


Terminar o rebaixamento de passeios nas passadeiras.


Implementar as “zonas 30” de limitação de velocidade em bairros residenciais.


Implementar a restrição da circulação de automóveis em algumas zonas da cidade.


Reestruturar a política de estacionamento e utiliza-la como mecanismo de condicionamento da entrada de automóveis na cidade.


Concretizar os projectos (que já têm anos) de aumento dos corredores cicláveis.


Promover a conversão de frotas automóveis de operadores de transportes e das empresas com grandes frotas.


Concretizar a rede de monitorização e divulgação da qualidade do ar e do ruído na cidade.


Reivindicar a intervenção da CML na definição da estratégia dos operadores públicos de transportes.


E já agora, o que é feito da Autoridade Metropolitana de Transportes?


Mas é mais fácil fazer uns panfletos e uns números mediáticos do que mudar hábitos e práticas na cidade.


Em Lisboa, na semana da mobilidade, confirmou-se o imobilismo.


António Prôa

setembro 18, 2008

Outra promessa eleitoral adiada para o “nunca mais” : O sistema de transportes escolares em Lisboa


«Candidato devia estar "passado da cabeça", pois custos da medida seriam incomportáveis", diz presidente da Junta de Campolide Jorge Santos

A promessa eleitoral do candidato António Costa, de criar um sistema de transportes escolares na cidade, recebeu o chumbo do Presidente da Câmara António Costa. Tal promessa não entrará em vigor senão no “ano lectivo de 2009-2010 - e mesmo assim apenas de forma mitigada, como projecto-piloto.” Isto segundo diz a jornalista Ana Henriques do público.

Na campanha eleitoral de Junho de 2007 dizia o candidato António Costa: - "Lisboa também precisa de ter um sistema de transportes escolares, como muitos municípios têm". Acrescentando uma critica directa aos anteriores executivos camarários por terem considerado "dispensável" algo que era, afinal, "cada vez mais exigido pelos pais".

A medida diria respeito apenas às escolas do 1.º ciclo.

Mas afinal o Presidente António Costa prevê apenas poder realizar alguma coisa parecida em pequena escala no terminar o mandato. Eleições assim obrigam!

“A promessa eleitoral dos socialistas que governam Lisboa passou despercebida e António Costa não foi questionado por nenhum dos seus adversários políticos até hoje.” Escreve Ana Henriques no Público.

Medida incomportável que a própria comunicação social no tal período de campanha foi, igualmente, incapaz de questionar o então candidato.

Mas nunca será tarde para relembrar a António Costa, o Presidente, que será novamente candidato, que os Lisboetas não se esquecem assim tão facilmente do prometido.

Falsas Promessas” e faltaRigor” à boa maneira socialista.

Assim está a ser gerida a cidade de Lisboa.

Texto baseado na crónica de Ana Henriques
In Público (17/9/2008)

setembro 17, 2008

O "RIGOR" da gestão Socialista na Câmara de Lisboa


Vereadora a tempo Inteiro – 3.500,00€ por mês por um projecto. Acordo com PS atribui funções às duas vereadoras do Movimento "Cidadãos por Lisboa"


Foram dezenas de Títulos e textos, foram publicitadas listas com nomes e ordenados, fizeram-se debates na televisão, a blogoesfera animou-se, já passaram 2 anos, mas quem não se recorda do caso “assessores do executivo da Câmara”? Apesar de querer atingir o PSD, na lista divulgada podíamos confirmar a presença de muitos assessores do PS e do BE, estes últimos apesar de estarem a “meio tempo” tinham vencimentos dentro da média, que não tendo pelouros distribuídos não deixavam de ter as suas equipas “bem assessoradas”.

Esta situação não se alterou muito com a ida de António Costa para a presidência da CML. Em primeiro lugar porque, como seria de esperar, o volume de trabalho que gerir uma câmara como Lisboa cria obrigou, rapidamente, que o actual executivo aumentasse o seu número de assessores, que foram sendo inseridos nas diferentes Direcções e Serviços Municipais, desta forma ficam protegidos sob a capa de “quadros técnicos do município”.

Em segundo lugar, a requisição de quadros de outros concelhos, com os custos inerentes a esse facto, de que o maior exemplo é o Chefe de Gabinete de António Costa, Manuel Seabra, vindo de Matosinhos, que segundo foi vinculado por diversas fontes terá tido (ou estará ainda) a sua residência na capital no Hotel Sheraton SPA , na Av. Fontes Pereira de Melo. A que preço?

Para completar esta “boa” gestão camarária, eis que como contrapartida pela assinatura do acordo pós (ou pré) eleitoral entre o PS/BE e o movimento “Cidadãos por Lisboa” ficámos a saber que a vereadora Manuela Júdice, será agraciada com a nomeação para vereadora a tempo inteiro com a consequente regalia salarial (+/- 3.500,00€).

É obra! Para desenvolver um projecto denominado de "Lisboa, encruzilhada de mundos", certamente muito interessante e não pondo em causa as qualidades técnicoprofissionais da vereadora em causa, vai receber o equivalente ao que um vereador com pelouros de responsabilidade para a gestão da cidade.

Ao mesmo tempo que se congela salários, se tiram horas extraordinárias, se isentam de taxas eventos que fecham um parque da cidade quase 1 mês e têm lucros de milhares de Euros, o “Rigor” Socialista fica mais uma vez demonstrado com este gasto desproporcionado com uma vereadora.

Assim está a ser gerida a Cidade de Lisboa.

Prioridades que ficam no esquecimento do tempo eleitoral.

Fez um ano em Junho quando em plena campanha eleitoral para as eleições intercalares em Lisboa, que António Costa efectuou uma operação de marketing político com um jovem com mobilidade reduzida, pretendendo mostrar que a cidade estava mal concebida para estes cidadãos. Com este número de campanha António Costa quis a governação municipal do PSD e afirmar o compromisso de que mal vencesse as eleições a prioridade seria adaptar a cidade a quem tem mobilidade reduzida por deficiência motora ou física.

Ao fim de um ano como foi cumprida esta prioridade? Zero. Fez-se Zero!


Bastava ter cobrado as taxas devidas pelo o encerramento, total ou parcial, por mais de uma semana do parque da Bela Vista, em vez dos 3 dias que apenas cobraram, à população de Lisboa que a CML teria conseguido a verba necessária para actuar nos locais onde ainda existe essas barreiras arquitectónicas.

Mas as prioridades de António Costa são outras: Show-off, show-off, show-off e calar a oposição na câmara através de acordos eleitorais para 2009.

setembro 15, 2008

QREN - Erro Inqualificável! Mais um exemplo da incompetência do PS na Câmara de Lisboa


Lisboa falha apresentação da candidatura aos fundos do QREN para a área da Educação.


Começa a ser uma imagem de marca dos executivos municipais socialistas depois do Seixal e do Barreiro, também, Lisboa apresenta um bom exemplo da incompetência do que tem sido esta gestão de António Costa.


Como boa aluna, a Vereadora com o pelouro da Educação, Rosália Vargas, na foto, anunciou um inquérito interno para apurar responsabilidades sobre as falhas nas candidaturas a fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), para financiar a construção e requalificação de escolas.


Ou seja, como António Costa que quando confrontado pela constante incapacidade do seu executivo em responder às necessidades da cidade dispara sobre os trabalhadores da CML também Rosália Vargas, não assume a responsabilidade hierárquica sobre esta inqualificável falha e abre uma casa ás bruxas junto dos serviços municipais.

As candidaturas em causa diziam respeito, “apenas” a dois projectos de ampliação - Escola Básica do 1º Ciclo das laranjeiras e Jardim-de-Infância de Alvalade - e à construção de raiz de um estabelecimento de ensino no Bairro do Armador ( a primeira pedra foi lançada numa cerimónia, com pompa e circunstância, em finais de Junho).



Cada projecto aprovado receberia “apenas” um máximo de 800 mil euros de fundos comunitários.



Este “apenas” representa a relativização do assunto para esta Vereadora que, para evitar que lhe caia o céu em cima, minimizou a questão lembrando que as candidaturas vão avançar na segunda fase do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).



A primeira fase do concurso para a requalificação da rede escolar do primeiro ciclo da região de Lisboa decorreu entre 18 de Janeiro e 30 de Junho, com uma participação comunitária de oito milhões de euros.


A vereadora Socialista Rosália Vargas deveria fazer aquilo que se espera de um quadro dirigente: assumir a responsabilidade do sucedido e actuar em conformidade, colocando o seu lugar à disposição. Mas não.



Na gestão de um dossier desta importância, a Vereadora os seus Assessores e, em última análise, o Presidente da Câmara, não controlam o desenvolvimento do projecto, a apresentação do processo nem a confirmação da candidatura. E como uma boa gestão de crise o primeiro passo é encontrar o “bode expiatório” e nesse sentido a autarquia ordena inquérito interno para apurar responsabilidades.



A Comunicação Social deixa passar este caso como se fosse um caso menos. O seu silêncio é comprometedor.


Contudo não nos retira a legitimidade de perguntar: Como seria se este caso tivesse acontecido na gestão PSD da Câmara Municipal de Lisboa, por exemplo com o vereador Sérgio Lipari? Teríamos 1ªs páginas e abertura de telejornais, com toda a segurança.

Decadência do Bairro Alto – O Lado Negro da CML PS

imagem in http://setimacolina.blogspot.com

Finalmente o PSD da Assembleia de Municipal de Lisboa começa a pôr fim à condescendência estratégica que deu ao PS para que este pudesse apresentar as suas políticas para a cidade. Perante o desastre desta gestão de António Costa, chegou a altura de fazer aquilo que se espera de nós – Oposição para reconquistar a confiança dos Lisboetas.

Abaixo transcrevemos uma nota à imprensa sobre a posição do PSD da AML sobre o verdadeiro assassinato urbano e social de uma das mais emblemáticas zonas da cidade: o Bairro Alto!

Destino das noites longas de Lisboa mas, também, de moradores de idade avançada com décadas de convívio com a agitada noite e os destroços que ficam para o dia seguinte.
O Bairro Alto está a ser deixado à sua sorte. A Câmara liderada por António Costa e José Sá Fernandes (agora com a conivência de Helena Roseta e os seus cidadãos), prefere gerir os dinheiros – que eles diziam que era pouco – em festas e actos de show off político em vez de usar para a defesa da cidade e dos seus moradores.

Os jardins começam a sofrer a ruinosa gestão de José Sá Fernandes, o estacionamento na cidade voltou a níveis de há 5 anos atrás, a prometida “tolerância zero” ao estacionamento em 2ª Fila, representou… Zero! O Eixo Central da cidade Restauradores – Campo Grande, volta a ser um autêntico OUTDOOR gigante com as telas publicitárias a dominarem a paisagem.

Notícia:
IN SOL online , 15.09.09

PSD repudia «desleixo e abandono» por parte da autarquia e exige medidas urgentes
O PSD vai aprovar na próxima Assembleia Municipal uma moção a repudiar o «desleixo e abandono» do Bairro Alto por parte da autarquia e exigir «medidas urgentes» para a insegurança e falta de limpeza urbana naquele bairro lisboeta

«Se o País vive um dos piores períodos de insegurança da sua história, com toda a incapacidade do actual e anterior ministro da Administração Interna em enfrentar a onda de violência (…) o Bairro alto é o pior exemplo em Lisboa», afirmam os deputados municipais do PSD, que exigem da autarquia a «tomada de medidas urgentes».

Para o PSD, as medidas urgentes a tomar pela autarquia deveriam passam por «um plano de salvaguarda a aprovar pela Assembleia Municipal».

«A Câmara Municipal de Lisboa, ao contrário de qualquer outro município responsável, tem desprezado olimpicamente um dos seus bairros mais emblemáticos», afirmam, lembrando que «nas ruas é visível o lixo por recolher» e «as paredes ao longo de todo o bairro cobertas de cartazes».

«O Bairro Alto representa para Lisboa um dos seus principais patrimónios turísticos com uma grande actividade económica», sublinha o PSD, lembrando que a insegurança tem obrigado os comerciantes a contratar «vigilância privada para defender a integridade física e património deles e seus clientes».

Esta situação - sublinham os deputados municipais social-democratas - «representa um claro retrocesso no esforço que anteriores executivos vinham desenvolvendo no sentido da valorização do Bairro Alto e da total erradicação da publicidade selvagem e grafittis das paredes».

Contactada pela Lusa, fonte da presidência da autarquia afirmou que os níveis de insegurança no Bairro Alto «têm vindo a melhorar» e sublinhou que o Executivo está a preparar um programa especial para aquele bairro que será lançado em Outubro.

«O plano vai envolver a limpeza de grafittis, a readaptação da limpeza e recolha de resíduos sólidos e inclusive engloba um pedido de instalação de videovigilância ao Ministério da Administração Interna», acrescentou.

No início do mês, num balanço feito à agência Lusa, os comerciantes do Bairro Alto que pagam o reforço policial em vigor desde Agosto afirmavam que as medidas teve resultados positivos, mas continuavam a defender que o pagamento por restes serviços deveria ser da responsabilidade do Governo.

O reforço policial entrou em funcionamento a 1 de Agosto, com um dispositivo de nove elementos - oito agentes e um oficial superior - e cada estabelecimento comercial (mais de 70 proprietários de restaurantes e bares) paga 120 euros mensais.”

Lusa/Sol

setembro 12, 2008

Não há almoços grátis - Com os olhos postos em 2009


por António Prôa in http://cidadanialx.blogspot.com

Não, este “acordo de cooperação” como é apelidado este compromisso – verdadeira coligação entre o PS-BE e Helena Roseta, não tem subjacente a preocupação com a cidade. Não! António Costa joga a tentativa de ser reeleito em 2009. Este é o verdadeiro objectivo, mascarado pela preocupação com a gestão de Lisboa.

António Costa, depois de calar (o dantes tão inconformado) Sá Fernandes com a entrega de pelouros e assim esvaziar eleitoralmente o Bloco de Esquerda, mata agora o movimento (afinal não independente) de cidadãos por Lisboa que dividia o potencial eleitorado socialista. O Partido Socialista procura assim aumentar a sua votação nas eleições de 2009, não pelo mérito da sua gestão, mas com acordos que procuram neutralizar os potenciais críticos.

Com esta nova coligação, António Costa admite também que o seu mandato não está a correr nada bem e que o trabalho da sua equipa tem sido insuficiente. Devo recordar que há pouco mais de um mês, Helena Roseta afirmava que “a coligação PS-BE até agora pouco fez e o que fez foi com um ritmo lento, difícil e pesado”…

Os pretextos para o acordo foram a habitação e a cultura mas podiam ser quaisquer outros. Por entre o atestado de incompetência passado aos vereadores que detinham até agora estas responsabilidades, o que importa mesmo é tentar limitar os danos em 2009.

E é evidente que o acordo vai para além de 2009. Passa pelo próximo mandato e por outras responsabilidades para Helena Roseta. Só um acordo mais amplo pode justificar que Helena Roseta sacrifique as suas próprias afirmações de falta de democraticidade e de estratégia com que apelidava ainda recentemente a gestão de António Costa…


António Prôa

Discurso da Drª Manuela Ferreira Leite -

Lei-a na integra e veja o que a Comunicação Social não quis mostrar.



Discurso de rentrée da Presidente do PSD, Drª Manuela Ferreira Leite, no encerramento da Universidade de Verão [07-09-2008]

Disponibilizado por Margarida Balseiro Lopes em http://psicolaranja.blogs.sapo.pt/


«É com muito gosto que me encontro hoje aqui a encerrar os trabalhos desta Universidade de Verão e que será também simbolicamente o início deste ano político.

A Universidade de Verão, agora na sua 6ª edição, é já uma imagem de marca na vida do nosso Partido, e também uma referência nas iniciativas políticas no panorama nacional.

Numa época em que se privilegia o sensacionalismo e o efémero, o PSD elege a Universidade de Verão como símbolo da sua vontade de estar na política de forma diferente e de apostar no futuro com seriedade e trabalho.

O êxito desta iniciativa está na sua capacidade de atrair cada vez mais jovens para uma acção de formação de enorme qualidade, que conta com o contributo inestimável dos meios académico, político e empresarial, independentemente da sua filiação partidária.

Pela Universidade de Verão já passaram e certamente vão passar muitos líderes do futuro. Estão aqui hoje muitos líderes do futuro.

O PSD é uma força viva do nosso País, com vocação de poder, cujas linhas ideológicas, princípios éticos e valores de actuação devemos transmitir às novas gerações com uma convicção reforçada e com uma esperança renovada.

Estão aqui a ter uma formação política tanto mais interessante e útil quanto existe um crescente sentimento de divórcio entre os jovens e a política porque esta está descredibilizada.

E, no entanto, fazer política é uma coisa muito séria, não é um mero jogo fechado que só diz respeito aos Partidos políticos.

Quantas vezes já ouvimos dizer “Não me interessa a política, isso é lá com eles”, como se a política não dissesse respeito a cada um de nós, como se a política não fosse uma actividade que deve ser exercida com cada um de nós.

Este é um tema sobre o qual o PSD tem que reflectir e é com os jovens que essa reflexão faz mais sentido.

O PSD teve um papel determinante na consolidação da democracia e tem a responsabilidade de contribuir positivamente para que a qualidade da democracia não se deteriore.

Neste sentido, a questão fundamental é porque é que se deu esta desvalorização da acção política e dos políticos?

Sem dúvida que uma das razões é a percepção de que os políticos deixaram de ter no centro das suas preocupações os cidadãos e os seus problemas, para passar a considerar sobretudo os seus interesses partidários ou pessoais.

Ganhou-se o hábito de comentar o curto prazo e ignorar as questões de fundo.

Por isso, as pessoas reagem com indiferença ou até desprezo ao que os políticos dizem.

Todos sentimos que fazer política com o recurso permanente a promessas é uma arma eficaz, mas que tem sido mortífera para a credibilidade dos políticos.

O PSD quer contribuir para mudar este estado de coisas, porque o crédito dos políticos é um factor indispensável para gerar a confiança necessária para enfrentar o futuro e mobilizar os Portugueses.

Não é uma tarefa fácil, tanto mais quanto todos esperam e reclamam que os políticos se comportem e actuem precisamente de acordo com os modelos que os fez cair em descrédito.

E é este círculo vicioso que tem de ser quebrado.

A verdade é que a política só vale a pena se tiver no centro das suas preocupações contribuir para um mundo melhor e, dessa forma, ajudar a que as pessoas sejam mais felizes.

E a felicidade significa não só o bem-estar pessoal, mas também o dos outros.

O PSD tem a obrigação, pelas suas raízes, pelo seu passado, de ser parte activa neste processo de reconduzir a política à sua nobre função.

Para tal, vamos ter de concentrar as nossas energias apenas nas questões que verdadeiramente preocupam os Portugueses.

E vamos deixar que outros se entretenham a discutir temas que, não afectam minimamente o dia a dia das pessoas.

Espero que estes trabalhos tenham estimulado fortemente o vosso gosto pela política e a capacidade de virem a exercê-la com dignidade e altruísmo.

E também espero que a grande lição que aqui receberam tenha sido a de que a política não é um meio de protagonismo pessoal nem de defesa de grupos, é uma forma de servir o nosso País.

Caros companheiros,

Esta nossa concepção de acção política é completamente diferente da seguida pelo Partido Socialista.

E a prova está na estratégia seguida por este Governo ao longo destes mais de três anos de legislatura.

Uma estratégia de manter as aparências, de esconder os fracassos e de iludir os Portugueses sobre a real dimensão dos seus problemas e da forma de os enfrentar.

O Governo gasta imensa energia e recursos a tratar da comunicação e imagem, mas o objectivo não é informar, não é esclarecer ou mobilizar. O objectivo é enganar-nos ou distrair-nos.

Mas chegou o momento de ficar claro o abismo que existe entre o discurso oficial e a dureza do dia a dia.

Hoje, três anos decorridos ao longo dos quais fomos atordoados por títulos de jornais e pelo anúncio de grandes realizações, confrontamo-nos com a realidade de uma pobreza crescente e de uma clivagem acentuada com os outros países europeus.

Ora, se todos os anúncios correspondessem à realidade o País tinha de estar melhor do que está.

Quantos foram os projectos anunciados e que não tiveram qualquer seguimento? Ainda ontem foi conhecido o caso dos aviões de Évora, para não falar da mistificação à volta do projecto dos carros eléctricos.

Por isso, os Portugueses vivem hoje um clima de desânimo, justamente frustrados por verem desperdiçados os sacrifícios que lhes foram pedidos em troca de promessas num futuro melhor.

Há desilusão onde devia haver esperança, há lassidão onde tinha que haver dinamismo, há indiferença onde devia estar mobilização e vontade de lutar.

Este clima de mistificação só tem sido possível porque está apoiado por uma máquina de comunicação e de acção pouco democrática.

Ouvem-se todos os dias os arautos da acção do Governo e em contrapartida são cada vez mais abafadas as vozes dos que sabem que isto não vai bem, mas que não podem falar muito alto porque há uma impressionante máquina socialista que controla, que persegue, que corta apoios, que gere favores ou simplesmente que demite.

Na administração pública, na vida económica, no associativismo, nos mais variados sectores podemos recolher testemunhos e exemplos de um clima anti-democrático pouco saudável e desconfiado.

O Governo confunde autoridade com autoritarismo, esgota-se a impor quando devia ouvir, ao mesmo tempo que deixa minar a autoridade do Estado.

A maioria socialista aprova leis sobre leis muitas vezes sem se dar ao trabalho de reflectir sobre as suas consequências e sem que o Governo esteja preparado para garantir a sua execução, ou evitar as dificuldades que os novos quadros legislativos possam trazer.

Na pressa de cumprir calendários anunciados ou agitar bandeiras ideológias da sua conveniência, o Governo despreza o estatuto da Oposição e abafa qualquer tentativa de participação séria e democrática.

O debate, a confrontação de ideias e a discussão objectiva das soluções é sempre fonte de regeneração, de resolução de conflitos e de progresso.

Mas Portugal está longe de beneficiar da democracia na sua plenitude.

Não é esta a nossa concepção de política, não é iludindo os problemas ou calando críticas que o País progride ou se mobilizam os cidadãos para uma nova atitude de iniciativa, de responsabilidade e de esforço.

Portugal tem demonstrado ao longo da sua história uma extraordinária capacidade de reacção aos estímulos, quando se incentiva a criatividade e a energia dos Portugueses e se cria um clima de confiança nas instituições.

Não é com concepções centralizadoras e falsamente proteccionistas, muitas vezes ameaçadoras da liberdade de opinião, que conseguimos acompanhar o ritmo de desenvolvimento dos países europeus nossos parceiros.

Pelo contrário. A competitividade da economia é prioritária para que se consiga a criação de emprego estável, melhoria de salários e maior segurança e protecção social.

É urgente um quadro de actuação claro em que se confie no Estado e nos poderes públicos para estimular, apoiar e garantir o estrito cumprimento das regras do jogo.

É na área da política económica que a asfixia que o actual Governo nos impõe se torna mais visível.
Os sucessivos governos socialistas, que ocuparam o poder durante 10 dos últimos 13 anos, desperdiçaram recursos gigantescos e tornaram muito difícil a vida das pequenas e médias empresas, esmagando qualquer esperança de iniciativa empresarial transformadora.

Na sua concepção centralizadora, o PS canalizou recursos para projectos sem rentabilidade ou justificação económica e, vai deixar o País endividado como nunca, e sem perspectivas de ultrapassar a estagnação, como o próprio Primeiro-Ministro confidenciou recentemente a um Presidente estrangeiro.

O nosso programa económico será exactamente o oposto de tudo isto.

A prioridade será para a competitividade da economia, para a produtividade e criatividade empresarial, removendo custos e obstáculos à eficiência das pequenas e médias empresas.
É imperioso reduzir os custos operacionais, aliviar a carga burocrática, reduzir a fiscalidade ligada à criação de emprego e apoiar a exportação.

Mas é sobretudo preciso que o sucesso se baseie no mérito, em vez de proteger simplesmente os que querem manter-se como estão, sem esforço, sem modernização e sem responsabilidade.

Entre outros problemas complexos, o mundo atravessa hoje uma séria crise de crédito. O financiamento é mais difícil, os credores são mais exigentes, os riscos mais difíceis de aceitar.

Como é que o Governo enfrenta esta crise? Com um endividamento externo recorde e em crescimento sem limite previsível, o que nos obriga a todos, particulares, famílias e empresas, a pagar mais pelo crédito a que recorremos.
Por isso, se desiste de muitos projectos produtivos e se abandonam iniciativas que teriam o risco próprio da inovação e do progresso.

E qual o motivo porque nos endividamos?

Para financiar projectos megalómanos que são um extraordinário luxo para o País porque não criam riqueza, mas que implicarão muitos anos de sacrifício para serem pagos.

O PSD propõe uma política económica diametralmente oposta, que conduza ao enriquecimento do País.

Uma política atenta à escassez de recursos e ao seu custo, porque o pouco capital que temos não pode ser esbanjado.

Propomos uma atenção crescente à poupança, sem a qual o crescimento não pode ser financiado.
Daremos prioridade absoluta aos investimentos de grande impacto na produtividade e na inovação. Só com o reforço da nossa capacidade exportadora e de concorrência poderemos afirmar-nos, ou mesmo sobreviver, em mercados cada vez mais agressivos.

É por este motivo que não desistiremos de conhecer e avaliar os critérios que levaram o Governo a tomar decisões sobre grandes obras públicas.

Mas é no emprego que a política económica que defendemos melhor mostrará os seus resultados.

O desemprego crónico que se instalou na nossa economia é a manifestação mais clara da acção do governo socialista, a consequência de políticas erradas e incapazes de reorientar a política económica para a criação de postos de trabalho.

São as pequenas e médias empresas e os sectores mais expostos à concorrência que podem criar mais empregos de qualidade.

Ao destruir a competitividade da economia, o Governo tem destruído muitos milhares de postos de trabalho e impedido a criação de muitos mais.

Resta, assim, aos Portugueses a aceitação de salários cada vez mais distantes dos que se praticam na Europa, como única forma de assegurar os postos de trabalho que ainda existem e se vão mantendo.

Não admira que a emigração se tenha tornado de novo a última tábua de salvação para muitos dos nossos compatriotas.

Neste contexto, a qualidade dos serviços públicos é um dos factores mais decisivos de bem-estar dos cidadãos e uma marca diferenciadora das sociedades mais desenvolvidas e mais justas.

É sabido que as sociedades modernas e desenvolvidas necessitam de um Estado de dimensão importante, moderno, sofisticado e eficaz.

A reforma da Administração Pública é talvez a área onde este Governo mais prometeu e menos concretizou, por incompetência ou falta de coragem política.

Na Administração Pública não houve só três anos desperdiçados. Houve um óbvio e grave retrocesso e o enfraquecer das instituições.

A reestruturação dos serviços saldou-se por uma mão cheia de nada, no que se refere à eficácia e transparência.

Pelo caminho, os serviços viveram anos de incerteza, de confusão, e desorientação.

Serviu para adaptar a máquina aos interesses do Partido Socialista completando silenciosamente uma operação em grande escala do controlo político dos cargos da administração pública.

A avaliação de desempenho, invocada como trave mestra de toda a mudança, saldou-se por um logro em que florescem muitas prepotências e se afundam muitas esperanças.

É urgente libertar o País e as instituições do sectarismo partidário, que conduz à instabilidade e ao desprestígio de muitas organizações.

A modernização do Estado implica que se valorize o profissionalismo e o mérito e se abra caminho a uma nova cultura de responsabilidade, mérito e isenção.

Sem respeito por estes princípios, sem independência e sem solidez estrutural, o Estado é muito vulnerável à corrupção, ao tráfico de influências e ao enriquecimento ilícito, fenómenos que devem ser eficazmente combatidos na sua expressão efectiva mas que devem, sobretudo, ser prevenidos com determinação e seriedade.

De pouco serve aprovar leis contra a corrupção quando a organização é caótica, instável e politizada.

Caros Companheiros,

Em muitos outros sectores da vida nacional podemos encontrar claros sinais do mau Governo socialista que deixa o país sem confiança, sem alento e sem recursos.

Há o sentimento generalizado de fracasso, ninguém duvida que Portugal está muito abaixo do que poderia e deveria estar no seu nível de desenvolvimento.

Salvo para o pequeno grupo que caiu nas graças ou na dependência do poder socialista, para a maioria das pessoas a vida está cada vez mais difícil.

A confiança na qualidade e exigência do sistema educativo não melhorou e a classe dos professores conheceu um ataque sem precedentes, ao seu prestígio e autoridade.

Na saúde as políticas mudam com os ministros, ou os ministros mudam por causa das políticas e o serviço nacional de saúde vai conhecendo uma sangria de médicos e pessoal qualificado que já provocou a ruptura em serviços centrais.

A valorização das pessoas, o estímulo ao capital humano no sector público, incluindo em áreas de elevada qualificação e investimento na formação, é pura e simplesmente ignorado.

Na agricultura, as queixas contra o Governo, as dificuldades causadas por políticas erradas e surdas aos apelos, são caladas com o estrangulamento financeiro e premeditado das associações representativas do sector.

Na Justiça, as promessas de maior eficácia e celeridade redundaram na confusão no sector, no beliscar do prestígio e isenção da classe e no sentimento de que também a justiça é impotente perante as injustiças.

Por fim, o Governo falhou perigosamente no âmbito da Segurança Interna, onde é patente a falta de uma estratégia sistemática e coerente capaz de assegurar com a desejável eficácia a realização dos fins mais essenciais do Estado: a segurança, a justiça e a tranquilidade dos cidadãos.

O aumento de certo tipo de crimes violentos, pouco habituais na sociedade portuguesa, mas muito especialmente a sensação de impunidade dos criminosos, inquieta justamente os cidadãos, comprometendo a imagem tradicional de Portugal como País seguro.

Os acontecimentos dos meses de Verão tornaram patente essa falta de estratégia no que se refere à Segurança Interna.

Não é apenas uma questão de meios, nem de número de agentes.

É essencialmente uma questão de como esses meios estão a ser utilizados e como os recursos humanos são organizados e coordenados.

É esta estratégia que cabe, em particular, ao Ministro da Administração Interna definir e fazer cumprir.

Ora, é o sentimento de impunidade que intranquiliza as populações e, não se vê onde está a luta contra a criminalidade violenta.

Não se sente que os criminosos sejam perseguidos e punidos, nem que haja uma prevenção eficaz do crime.

Este sentimento não pode instalar-se como uma fatalidade.

Ora, o Ministro não disse e devia ter começado por aí, como iria reforçar a capacidade de investigação, de informação e de penetração das polícias.

O Governo confunde medidas com estratégias, confunde reacção com concepção. E confunde espectáculo com intervenção.

Em matéria de segurança interna e de autoridade do Estado, isto é gravíssimo.

Esta função de soberania não se compadece com a desorientação ou com medidas ditadas por urgências mediáticas.

Muito menos se compadece com a escandalosa operação mediática feita pelo Governo para calar os alarmes.

Como é possível que o Ministro da Administração Interna admita que se organize uma operação policial destinada a passar em directo na televisão, escolhendo o terreno tristemente emblemático de bairros problemáticos, sacrificando a um momento mediático a necessária pacificação e acalmia nas zonas de maior tensão?

Para um Governo que diz ter preocupações sociais, não podia ter mostrado maior insensibilidade social.

Mais uma vez se viu que o Governo não sabe actuar fora do espaço do espectáculo e do mediatismo, o cenário em que verdadeiramente se move bem.

No entanto, uma palavra é justa.

Ao desnorte do Governo, as forças de segurança têm correspondido com um sentido de missão e responsabilidade que é de salientar e que é, em si mesmo, um conforto para este momento de crise.

Caros Companheiros,

O diagnóstico sobre a condução da vida política no nosso País está feito.

Os resultados estão à vista de todos e são medíocres. Fraco crescimento económico, níveis de desemprego elevados e, muito especialmente, manutenção da disparidade entre os mais ricos e os mais pobres.

Perante a mediocridade dos resultados, o PS insiste na mesma política.

O PSD afirma que perante a mediocridade de resultados tem de se mudar de política.

Não é demais recordar que o Partido Socialista desperdiçou oportunidades extraordinárias para imprimir um ritmo de desenvolvimento e progresso de que carecemos para competir na Europa e no Mundo.

Com um Governo do PSD e uma outra política o País poderá regressar a uma via de prosperidade.

Esse objectivo tem de incluir todos os cidadãos. Não pode ser feito à custa do agravamento da pobreza de uns para o aumento da riqueza de poucos.

O Estado não pode criar a ilusão de que pode, por si só, resolver todos os problemas de desigualdade e pobreza.

Mas pode fazer muito, se orientar a sua acção exclusivamente para os que dela necessitam.

É indispensável que se descentralize a rede de apoios sociais, ao mesmo tempo que o Estado se deve concentrar na avaliação muito rigorosa dos meios e dos efeitos desta intervenção.

É com olhos no futuro que se realiza esta Universidade de Verão.

O ano que nos espera é de muito trabalho e exigência.

Vamos ter vários actos eleitorais, todos eles importantes e que exigem o empenho de todo o Partido porque queremos ganhar.

O País precisa e merece melhor Governo.

Nós temos uma ambição para Portugal e ela não é maior nem menor do que a do PS. É diferente, profundamente diferente.
Do Governo do PS não resultou qualquer benefício para o País.

Do nosso, resultará o progresso e é essa ambição que nos move e nos motiva.

Conto convosco para, em conjunto, construirmos um Portugal à medida das nossas ambições.

agosto 07, 2008

O Governo na CML: Mais um caso no mínimo...estranho

por Paulo Veiga da Fonseca

Atende-se a estes parágrafos incluídos na notícia que hoje a comunicação social divulga sobre a suspensão do PDM da cidade de Lisboa na zona do CCB para conclusão de obras "previstas":

"O Diário da República (DR) publicou hoje a suspensão parcial do Plano Director Municipal (PDM) na zona do Centro Cultural de Belém para conclusão, mais de vinte anos depois, do projecto inicial da obra.
A publicação em DR segue-se à aprovação no início de Julho, em Conselho de Ministros, de uma resolução que prevê a construção dos dois módulos que faltavam no Centro Cultural de Belém, um reservado para ser um hotel e outro para fins culturais

(...)

Zona Hoteleira e Equipamento Complementar são os dois módulos que ficaram por construir do projecto aprovado em 1988, da autoria de um consórcio formado pelos arquitectos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado, actual vereador do Urbanismo da autarquia da capital.

(...)


Em Abril deste ano, o Conselho de Ministros emitiu uma resolução em que aprovou o projecto de recuperação da Frente Ribeirinha de Lisboa, determinando a constituição de uma sociedade para gestão de obras e recomendando que as obras de requalificação estivessem prontas a tempo das comemorações do centenário da implantação da República, em Outubro de 2010. (...)" in Diario Digital , 07Agosto08

Politicamente, este é um dos casos onde o bom senso deveria imperar. Mas para o PS isso só conta quando está na oposição e para a Comunicação Social isto é perfeitamente normal.

Seria interessante que o PSD tivesse uma atitude mais incisiva sobre este relacionamento institucional CML /Governo e que se ficasse com a certeza inequívoca que na tomada desta decisão não existe conflito entre o Arquitecto Manuel Salgado e o Vereador Manuel Salgado.

Convém não esquecer a intervenção de Manuel Maria Carrilho sobre o Arquitecto agora Vereador aquando da sua saída da lista candidata às eleições autárquicas de 2005.

E já agora qual é o parecer dos serviços municipais sobre a volumetria do hotel na zona verde de Lisboa, sobre uma zona de registos históricos ?

agosto 04, 2008

Comerciantes pagam polícia para reforçar segurança no Bairro Alto.


A Escandalosa falência de um dos pilares do Estado.
E o ministro acha perfeitamente normal
.

Por Paulo Veiga da Fonseca


A notícia passa como se tratasse de um simples apontamento noticioso.

Quase 8 dezenas de proprietários dos restaurantes e bares do Bairro Alto, em Lisboa, vão pagar o policiamento (entenda-se suplementar) para garantir a segurança da zona durante a noite.

Em meados de Abril deste ano terá sido garantido um aumento do policiamento da zona no âmbito de um protocolo já existente entre Câmara Municipal de Lisboa de António Costa, o MAI – que era de António Costa -e a PSP – que já foram de António Costa. Para quem não sabe o Bairro Alto por acaso tem uma esquadra no seu interior , a 3ª Esquadra - Mercês, na rua de O Século .

O reforço policial estava previsto para começar na noite de 1 de Agosto, com um dispositivo de nove elementos – um oficial superior e oito agentes – estando cada estabelecimento que pagar 120 euros para o efeito, pagamento que já estará realizado há cerca de uma semana.

Ou seja os comerciantes terão de pagar um gratificado por algo que devia ser uma obrigação de um Estado que funcionasse: a segurança no Espaço Público 24 horas por dia. Para além dos impostos que todos pagamos, o cidadão e os comerciantes, este reforço de efectivos pagos para garantir a segurança de pessoas e bens em actividade normal do bairro custará 8400 euros por semana ou 33 600 por mês.

Este, é um dos mais escandalosos exemplos da falência da estrutura básica do Estado a que o Partido Socialista, no governo e na Câmara, está a levar com a sua governação.

Por incrível que pareça, o ministro Rui Pereira acha isto perfeitamente normal.

O ministro da Administração Interna encarou, esta sexta-feira, com normalidade o facto de mais de 70 comerciantes de restaurantes e bares do Bairro Alto terem decidido contratar policiamento extra à PSP para aquela zona de Lisboa.
O ministro Rui Pereira recusou encarar esta medida como uma insuficiência policial, afirmando que a PSP «assegura a necessidade de segurança de todos os cidadãos, incluindo os do Bairro Alto».

No entanto, continuou, «há situações específicas em que são necessárias prestações acrescidas de segurança», como espectáculos desportivos ou estabelecimentos comerciais, para os quais existe um esquema de remuneração, no qual «entidades privadas» pagam por «essas prestações de segurança especiais».

O governante sublinhou que esse «esquema deve-se ao reconhecimento de que a segurança é para todos os cidadãos, sendo que quando algumas entidades «carecem de prestações especiais» de segurança podem «fazer uma comparticipação reforçada
”. IN TSF, 01 AGO 08 às 20:16


julho 25, 2008

Mais do que um nome...




por Paulo Veiga da Fonseca










Estamos a chegar a Agosto. Por tradição – mas também cada vez mais pela imposição da organização familiar devido à impossibilidade de se poder deixar os filhos durante o dia – o mês em que os Lisboetas vão (ou estão para quem “fica”) de férias e deixam de lado as suas preocupações e atenções, em especial as políticas.


Assim sendo, como advento desta hibernatione da política, aproveito para deixar apenas umas primeiras palavras para uma decisão que, a meu ver, o PSD terá que tomar nos próximos meses: o candidato à Presidência da Câmara de Lisboa.

Hoje o PSD, em Lisboa, não tem uma “voz” nem um “rosto”. Tem uma distrital que tem que se multiplicar por outros cenários. Todos sabemos da especificidade de Lisboa. Pessoalmente, defendo a criação de uma concelhia que facilite e agilize os processos, que focalize estratégias e que se responsabilize pelas decisões que a Lisboa e aos Lisboetas digam respeito.

Para uma luta difícil, bastante difícil, o Partido terá que ter muito mais que um nome.

Já alguns foram transpostos para a capa e títulos dos jornais. Alguns para testar, outros para queimar, uns já se afastaram outros já recusaram. Quando mais tempo demorar a escolha mais desgastante vai ser o processo, mais nomes vão ser “queimados”.

Considero que o candidato que devemos apresentar aos Lisboetas deve ter as seguintes condições:



  • Viver Lisboa: que conheça e viva em Lisboa.

  • Que tenha visão para a cidade. O que quer que Lisboa seja nos próximos 10 anos.

  • Que não seja elitista: Que entenda que a importância das elites urbanas pensantes valem na proporcionalidade da sua quantidade. Nos seus blogues, nas suas prosas na comunicação social apontam caminhos, mostram outras “visões”, mas não podem definir as estratégias para uma cidade que é muito mais do que conceitos demasiado dogmáticos. Lisboa é uma cidade feita das realidades de cada rua, cada bairro, das suas relações internas e do relaciomento de Lisboa com os concelhos vizinhos.

  • Que venha com novas ideias, novos métodos, que deixe o passado onde ele deve ficar e parta para fazer um novo futuro; Tem que marcar a diferença com o que está e com o que já esteve.

  • Seja um líder dos pés à cabeça. Que fale e os lisboetas oiçam. Que conte com os trabalhadores da Câmara e não que os menospreze ou os diminua perante a cidade. Mas que seja exigente com os objectivos a atingir a todos os níveis.

  • Tem que ser alguém que queira ser presidente da câmara de Lisboa. Porque quem vier vem para ganhar, não pode ter outra hipótese.

    Recordo-me de uma cena de um filme. Dois amigos recordam o momento em que um, que tinha decidido concorrer à presidência de um país, decide convidar o outro para ser o seu director de campanha e futuro chefe de gabinete.

    “- Lembraste o que te disse no dia em que te convidei para seres o meu director de campanha?”
    “- Sim. Perguntaste-me se estava disposto a saltar contigo de uma montanha?”

    Mais do que o nome, o candidato a Lisboa deve responder a esta resposta.

    Boas férias.

OBAMA em Berlim..




por Paulo Veiga Fonseca



Fotos
REUTERS/Tobias Schwarz




O Marketing Político de outra dimensão.

Ao longo de um ano em corrida para as presidenciais americanas a gestão da comunicação de um candidato que quer vencer não contempla silêncios estratégicos nem ausências de palco.

Assim tem sido o caminho de Barack Obama.

Para ganhar é necessário risco, audácia, acreditar na sua mensagem, é dizer hoje que quer, convictamente, ser presidente daqui a um ano, o porquê de o querer e o que podem esperar dele.


Se perder? Será porque o seu adversário terá sido melhor e o eleitorado assim decidiu.


Se ganhar? Será porque não esperou que o seu adversário falhasse, porque deu esperança a uma nação de que ela podia mudar.





Em ambos os casos, a América nunca mais será a mesma.

julho 22, 2008

LISBOA 1 ANO DEPOIS...

Fez na última semana um ano que o PSD perdeu Lisboa numa das mais difíceis batalhas políticas que alguma vez se disputou em Portugal.

Desde de Outubro 2006 que o PSD sofreu o mais agressivo, pela sua constância e qualidade, ataque político coordenado a uma das suas praças-fortes. Conquistada “ao voto” em 2002, por Pedro Santana Lopes e, com merecimento e sem discussão, à beira da maioria absoluta, em Outubro de 2006 sob a liderança de Carmona Rodrigues, a Câmara Municipal de Lisboa com o executivo social-democrata, não teve tréguas por parte dos seus adversários políticos externos, que usaram de todos os meios para abrir frentes consecutivas quer fosse no interior da Câmara, pela comunicação social, pela pressão do Governo Socialista e, porque a justiça é feita por homens, pelo recurso às instâncias de investigação judicial.

Esta pressão concertada externamente abriu janelas de oportunidade para que aparecessem frentes internas mais do que dirigidas ao executivo camarário visavam a liderança do partido. Foi um desgaste imenso que o PSD não soube resistir e contra-atacar. Já se falou sobre este período do PSD, das eleições intercalares em Lisboa, etc. Os recentes desenvolvimentos no interior do partido já vieram escrever a história dos enganos, da má fortuna e dos erros estratégicos.

O que importa é que se compare o que, mesmo sobre fogo intenso e com dificuldades de tesouraria, o que PSD conseguiu fazer por Lisboa com o que a coligação PS/BE ao fim de um ano de mandato têm feito pela cidade.

O PS/BE, comemorou num repasto para 900 convidados (crise?! qual crise?), a saída da Câmara do “Estado de Coma” segundo dizem. Bom, convém esclarecer que só se foi em “coma induzido” pelo PS.

Perante as dificuldades financeiras conhecidas o executivo do PSD apresentou à câmara, um conjunto de soluções que visavam o saneamento financeiro municipal.

Se o recurso a empréstimo bancário se tornava impossível pela lei da finanças autárquicas criada por António Costa (a mesma lei que agora foi alterada de modo a abrir a possibilidade de já se poder recorrer à banca) a alternativa apresentada de venda de património municipal, que apresenta-se mais como um encargo que uma mais valia devido ao seu estado, foi liminarmente chumbado pelo PS, PCP, BE com a ajuda do PP de Maria José Nogueira Pinto.

Apesar das dificuldades financeiras foram centenas as decisões estratégicas e milhares os despachos emitidos, estes mais direccionados para actividade da CML junto das populações, tendo-se dado início à reestruturação interna da CML e das empresas municipais.

Trabalho feito que agora o PS/BE está a desbaratar ou a aproveitar.

Com o PSD foi criado a central de compras municipal ferramenta essencial para a redução da despesa. Promoveu-se a sindicância aos serviços de Urbanismo da CML como forma de se poder acabar de uma vez por todas com as suspeitas e o estigma “de corruptos” que eram diariamente colados aos funcionários e à instituição. Iniciaram-se importantes programas de modernização administrativa que visavam uma melhor e mais célere prestação de serviços aos munícipes.

Investiu-se nos recursos humanos municipais como nunca antes se tinha realizado, qualificando-se os funcionários o que permitiu modernos actos de gestão nos recursos e serviços. Avançou-se para o quadro privativo de funcionários que permitia a resolução das situações de precariedade, por contratos de recibo verde, em colaboração com os sindicatos, que atingiam 1.300 funcionários.

O PS/BE em um ano desbaratou este importante capital humano, promovendo a acusação, os despedimentos, fazendo limpeza política. Fica para a história deste mandato PS/BE, o autêntico fuzilamento público que António Costa fez aos funcionários em sessões de Câmara públicas e descentralizadas, na presença dos próprios.

O PS dizia que a Câmara estava parada o que era desmentido, pela dinâmica cultural da cidade enquanto Espaço Público, reconhecida internacionalmente muito recentemente pelo NY Times, na sequência de outros dados, como sejam os referentes às taxas de ocupação de hotéis, os dos turismo de negócios e congressos entre outros. O Maria Matos renasceu das cinzas com um plano bem estruturado, o S. Luís renovado, novos museus, reestruturação das bibliotecas municipais, tornando-as mais viradas para Todos e menos para apenas alguns.

Os jardins da cidade receberam teatro, jazz, cinema, inauguraram-se a quinta dos Lilazes, o parque oeste, avançou a requalificação de Monsanto. Renasceu o jardim de Marialva, iniciaram-se as empreitadas que permitiram a António Costa fazer o show-off de hoje. S. Pedro de Alcântara não abriu mais cedo, mas não foi por dificuldades de tesouraria, foi por aumento dos custos inerentes a obras não previstas e que se tornaram fundamentais porque reportavam aos muros de sustentação. Estava previsto o pagamento ao empreiteiro para uma data posterior à data da queda do Executivo Municipal. Que serviu para o PS/BE fazer o Show-off da abertura em part-time deste espaço da cidade.

O Espaço público da cidade conheceu uma operação de limpeza como nunca se viu nos últimos 30 anos em Lisboa. O Eixo central da cidade (Rossio – campo Grande) e o Eixo Praça da Figueira – Aeroporto deixaram de ter as paredes cobertas de cartazes e reduziram-se ao mínimo as telas publicitárias que cobrem os prédios. Vejam agora a diferença desde que o PS/BE tomou o poder em Lisboa? Percorram a Fontes Pereira de Melo, a Avenida da República e contem os prédios que voltaram a ter uma nova roupagem publicitária.

O PS diz e muito bem que agora "Lisboa está nos cuidados intensivos". É verdade! Eu acrescento em estado vegetativo, ligada às máquinas: “governo” e “empresas participadas do Estado” que vão dando o que antes recusavam ao PSD.

O PS/BE faz da política de Lisboa um palco de puro marketing político, sem opções políticas. Tem o Presidente que promove a perseguição interna, veja-se o caso do trágico acidente na Alta de Lisboa, com o atropelamento de uma jovem, em que António Costa de imediato vem pedir a cabeça dos técnicos municipais e/ou da empresa que pintou as passadeiras, quando tinha sido ele próprio a fazer o número mediático da pintura das passadeiras em frente às escolas. Uma das 100 medidas do primeiro trimestre.

Aliás estas 100 medidas têm uma particularidade: A sua maioria vinha de processos formais iniciados no executivo PSD, através de concursos que têm prazos administrativos a cumprir (entre 3 a 6 meses) e as chamadas ETD – Empreitadas de Trabalhos Diversos como eram a pintura de passadeiras.

Com o PSD as Juntas de freguesia tiveram a mais aprofundada delegação de competências e de apoios financeiros de sempre. Com critérios bem definidos e sistema de controlo eficazes na aplicação dos recursos.Numa política de proximidade que permitia a sua rápida intervenção nas zonas verdes, no apoio social, no apoio à família, no apoio aos jovens, etc.

Com o PS e o seu Vereador Sá Fernandes as juntas viram a serem reduzidas as suas competências, as verbas para os espaços verdes, apoio aos jovens e programas praia-campo, para além do que seria impensável acontecer numa relação CML freguesias, viram os seus bons nomes postos em causa, na dignidade das funções que exercem no poder local, na credibilidade junto das suas populações, com a intervenção pública de José Sá Fernandes acusando-os de mau aproveitamento das verbas disponibilizadas e incapacidades políticas para aplicação das competências delegadas.

Lisboa assistiu à vergonhosa gestão política de um executivo socialista a querer impor um empréstimo tecnicamente incompetente e lesivo para o futuro da cidade, a bom tempo recusado pelo Tribunal de contas. Um Presidente de Câmara Socialista, António Costa, a querer obrigar os profissionais do gabinete jurídico da CML, profissionais dignos, a defenderem posições que há largos anos vinham contestando em defesa do Município, nomeadamente no caso do Parque Mayer, o que levou á recusa dos juristas municipais em participarem nesses julgamentos tendo a CML contratado um escritório externo para o efeito.

Falou-se muito dos assessores do PSD. Quando eles existiam em igual número, ou proporcionalmente, nos gabinetes do PS e no BE (este então só com um vereador tinha 11 assessores). Mas hoje, é ver os assessores que foram colocados em Direcções Municipais para não figurarem nas listas dos gabinetes, para não falar da vinda de Directores e chefias de outros concelhos, culminando como chefe de gabinete do Presidente António Costa, que veio de Matosinhos, segundo consta a viver no Sheraton SPA, com motorista a levá-lo a casa aos fins-de-semana. Boato ou verdade?

No entanto, parece que em Lisboa nada se passa. O silêncio na Comunicação Social está guardado certamente para outras alturas mais propícias, lá para 2009, em que de novo se deve ouvir falar da Bragaparques, do edifico da Infante Santo, do condomínio dos Inglesinhos, etc.

De facto a jogada de mestre de António Costa, temos que reconhecer, foi o calar do BE, com o convite a Sá Fernandes – o único vereador de Portugal, que deve ter um processo por prejudicar a sua cidade em milhares de euros devido aos entraves que fez ao túnel do Marquês – para a cadeira do poder. Não será este um dos mais evidentes actos de corrupção política que assistimos nos últimos anos em Lisboa?

Este é um pequeno retrato de um ano de governo socialista / Extrema Esquerda em Lisboa. Agora sim! A cidade está parada, os funcionários desmotivados, os Lisboetas desiludidos.


Temos um ano para dizer a Lisboa, que queremos voltar a dinamizar a cidade. Que queremos voltar a dar vida a Lisboa!