agosto 04, 2008

Comerciantes pagam polícia para reforçar segurança no Bairro Alto.


A Escandalosa falência de um dos pilares do Estado.
E o ministro acha perfeitamente normal
.

Por Paulo Veiga da Fonseca


A notícia passa como se tratasse de um simples apontamento noticioso.

Quase 8 dezenas de proprietários dos restaurantes e bares do Bairro Alto, em Lisboa, vão pagar o policiamento (entenda-se suplementar) para garantir a segurança da zona durante a noite.

Em meados de Abril deste ano terá sido garantido um aumento do policiamento da zona no âmbito de um protocolo já existente entre Câmara Municipal de Lisboa de António Costa, o MAI – que era de António Costa -e a PSP – que já foram de António Costa. Para quem não sabe o Bairro Alto por acaso tem uma esquadra no seu interior , a 3ª Esquadra - Mercês, na rua de O Século .

O reforço policial estava previsto para começar na noite de 1 de Agosto, com um dispositivo de nove elementos – um oficial superior e oito agentes – estando cada estabelecimento que pagar 120 euros para o efeito, pagamento que já estará realizado há cerca de uma semana.

Ou seja os comerciantes terão de pagar um gratificado por algo que devia ser uma obrigação de um Estado que funcionasse: a segurança no Espaço Público 24 horas por dia. Para além dos impostos que todos pagamos, o cidadão e os comerciantes, este reforço de efectivos pagos para garantir a segurança de pessoas e bens em actividade normal do bairro custará 8400 euros por semana ou 33 600 por mês.

Este, é um dos mais escandalosos exemplos da falência da estrutura básica do Estado a que o Partido Socialista, no governo e na Câmara, está a levar com a sua governação.

Por incrível que pareça, o ministro Rui Pereira acha isto perfeitamente normal.

O ministro da Administração Interna encarou, esta sexta-feira, com normalidade o facto de mais de 70 comerciantes de restaurantes e bares do Bairro Alto terem decidido contratar policiamento extra à PSP para aquela zona de Lisboa.
O ministro Rui Pereira recusou encarar esta medida como uma insuficiência policial, afirmando que a PSP «assegura a necessidade de segurança de todos os cidadãos, incluindo os do Bairro Alto».

No entanto, continuou, «há situações específicas em que são necessárias prestações acrescidas de segurança», como espectáculos desportivos ou estabelecimentos comerciais, para os quais existe um esquema de remuneração, no qual «entidades privadas» pagam por «essas prestações de segurança especiais».

O governante sublinhou que esse «esquema deve-se ao reconhecimento de que a segurança é para todos os cidadãos, sendo que quando algumas entidades «carecem de prestações especiais» de segurança podem «fazer uma comparticipação reforçada
”. IN TSF, 01 AGO 08 às 20:16


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