abril 14, 2008


E QUEM DEFENDE A CIDADE DE LISBOA?


E quem defende os interesses dos lisboetas?


Não deveria ser a Câmara, o seu presidente e os vereadores a estarem na primeira linha da defesa do interesse da cidade?!


Não foram estes eleitos locais escolhidos pelos lisboetas para cuidarem da cidade?


A terceira travessia do Tejo teria sempre fortes impactos para a cidade. Em particular, a componente rodoviária implica consequências para a vida da cidade, para a qualidade de vida dos cidadãos, para o sistema de mobilidade da cidade e para a saúde dos lisboetas.


A solução para terceira travessia do Tejo deveria ser consequência do modelo de desenvolvimento que se pretende seguir para a cidade e para a área metropolitana de Lisboa.


Devia resultar de uma discussão pública alargada. Houve discussão pública? Existe planeamento?


Durante o período de análise e ponderação do governo em relação à terceira travessia do Tejo a câmara fez ouvir a sua posição?


Condicionou a decisão?


Defendeu os interesses da cidade e da sua população?


Ao contrário do que seria (para mim) elementar, a câmara (ainda) não tem posição sobre a solução para a terceira travessia do Tejo. Ou melhor, a câmara não tem posição, mas o seu presidente lá foi fazendo coro com o governo, anunciando decisões mesmo antes do governo as declarar.


António Costa tem sido, nesta como noutras matérias, mais membro do governo do que presidente da câmara quando interesses não convergentes se colocam.


A ponte Chelas – Barreiro é disso um bom exemplo. Neste caso António Costa parece não ter hesitado em sacrificar Lisboa.


Veremos se a câmara consegue corrigir a opinião do seu presidente, defendendo os interesses de Lisboa e dos lisboetas.


A solução preferida pelo governo é um erro. Coloca constrangimentos ao desenvolvimento do porto de Lisboa, é desequilibrada para a mobilidade na AML e muito penalizadora para a cidade de Lisboa.


António Prôa


Este texto foi publicado no blogue CidadaniaLX.

1 comentário:

Pedro Braz Teixeira disse...

Menezes não engana ninguém.
Menezes demitiu-se, diz que não se recandidata e marcou eleições directas para 24 de Maio. Se não se recandidata qual a urgência de marcar eleições tão cedo? Dá ideia, e fala-se disso, que está à espera de uma vaga de fundo. Dá ideia que se um primo e uma vizinha lhe disserem para se recandidatar ele logo virá anunciar que “sentiu” essa vaga de fundo e, contrariando-se, se apresentará às “bases” que estão ansiosas por reeleger este seu tão “fiel” representante.

O coitadinho denunciou “a maior campanha jamais montada”, continuando sem perceber (como é possível?) porque foi “a maior”. Ângelo Correia já cometeu a imprudência de não estar calado. Parece que está nas suas mãos a data das eleições. Espero que tenha a prudência de as adiar.

Prevejo um agravar da crise económica até 2009 com o desemprego a bater recordes sucessivos, em parte devido à estratégia económica errada do governo, de aposta no estímulo da procura interna em vez da recuperação da competitividade. Por isso julgo que a economia vai ser o tema central das eleições do próximo ano. O que é uma razão acrescida para escolher como o melhor candidato do PSD a derrotar Sócrates em 2009 Manuela Ferreira Leite.