abril 04, 2008

AS CONSEQUÊNCIAS PARA LISBOA DO ERRO DA NOVA TRAVESSIA -
por António Prôa

O que já sabemos:

  • Cerca de 70.000 viaturas (que aumentarão ao longo do tempo) a circular diariamente no centro da cidade. E, já agora, que serão TODAS novas na zona de Chelas, Olaias e Av. EUA, pois até hoje esta travessia não existe naquele local.

  • Aproveito para dizer que estas 70.000 viaturas NÃO serão todas desviadas das actuais pontes pois os estudos existentes indicam que parte será trânsito NOVO.

Aliás este fenómeno de novo trânsito gerado com o aumento da oferta é habitual – isto está estudado! Aumento do congestionamento do trânsito automóvel na cidade na cidade agravado pelo facto de se “despejar” o fluxo de tráfego novo em vias urbanas sem as características adequadas para o efeito (que deveriam ser vias de distribuição).

  • Aumento da poluição na cidade proveniente das emissões dos automóveis e agravadas pelo facto do padrão de circulação se degradar com o congestionamento do trânsito.

  • Aumento do risco de acidentes (gerado pelo aumento do tráfego) agravado pelo facto de se situar em zonas residenciais.

O que (ainda) não sabemos:

Que alterações vão ser efectuadas na rede viária da cidade?
Onde?
Como?
Quem paga?
Quando?
Que viadutos serão construídos?
Que passeios serão subtraídos?
Que espaços verdes ou espaços públicos serão sacrificados?
Serão demolidas casas?
Será que se vão construir viadutos “em cima” de edifícios como o exemplo do eixo Norte – Sul na zona das Laranjeiras?
Ou verdadeiras barreiras rodoviárias como o caso do nó do prolongamento da Av. EUA na zona do Feira Nova?

São algumas dúvidas, com uma certeza:

- A decisão sobre a nova travessia do Tejo é um grande erro. Um erro que Lisboa e os lisboetas vão pagar muito caro!

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