junho 02, 2008


Eleições directas – A vitória do Partido.
Por Paulo Veiga da Fonseca


Terminou o terceiro processo eleitoral interno para eleição do líder da Comissão Política Nacional.

Em pouco mais de 3 anos, os militantes do PSD tiveram que ser chamados a decidir que caminho queriam que o partido seguisse na perspectiva de se construir uma alternativa ao (des)governo do Partido Socialista.

Nos tempos que correm, esta vida interna tem-nos feito perder tempo. Demasiado tempo. Tempo precioso para os portugueses.

Podemo-nos orgulhar por sermos um partido interclassista, detentor de um rico passado reformista e de luta pela liberdade. De ser constituído por correntes políticas diferenciadas mas ao mesmo tempo enriquecedoras para uma matriz ideológica, híbrida, que nos faz um partido único.

Mas temos que estar preocupados.

Tal qual as velas de uma nau, nos últimos anos temos assistido à predominância de ventos difusos e como tal a nau virou para rotas dependentes das velas que foram içadas.

Não podemos voltar a fazer como nestes 3 anos em que apanhámos “ventos diferentes” não dando um rumo definido ao partido em que os portugueses olharam para nós e não sabia por onde queríamos ir.

Grave é por isto aconteceu por nossa inteira responsabilidade. Pelas nossas incoerências, vaidades e pelas nossas ausências.

Apesar do mediático incremento de militantes com quotas pagas continuámos a ter apenas 43% de votantes. Mesmo assim somos o partido com maior participação em actos eleitorais internos. Com certeza! Mas não podemos deixar de meditar neste fenómeno, até para clarificar o nosso funcionamento interno e, necessariamente, repensar o método das eleições directas.

Temos um novo líder.

Pela primeira vez, uma militante assumiu o comando de um dos maiores partidos Ibéricos e candidata a primeiro-ministro. Como companheiros nossos referem num blogue, “sem necessidade de cota ou por outras razões artificiais”. É assim o PSD.

Da companheira Manuela Ferreira Leite espera-se que cumpra o que todos desejamos: Que promova a unidade, que desenvolva uma liderança determinada a encontrar novas políticas que devolvam mais do que a “Esperança” aos portugueses, que devolva o crescimento económico ao país, que diminua as desigualdades sociais, que os portugueses possam ter confiança num melhor futuro.

Da parte de cada militante, dos pagantes e não pagantes, dos participativos ou dos passivos, dos novos ou dos mais antigos exige-se que das diferenças que defendemos no acto eleitoral passado encontremos a união e vontade colectiva que permita o partido cumprir o desejo de mudança para Portugal.

Mais do que a vitória de alguns foi a vitória do Partido. Estou certo que os portugueses que desejam a mudança viram a vitalidade do PSD e esperam de nós de novo um novo ciclo de desenvolvimento.

Agora, mais do que nunca, teremos que estar todos juntos por Portugal!

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