agosto 19, 2009

O Estado Precisa de Portugal







por Gonçalo Sampaio


Numa recente intervenção pública, o Primeiro-Ministro afirmou que "Portugal precisa do Estado. Portugal precisa das forças políticas que não têm medo, nem preconceito, relativamente à iniciativa do Estado".

Esta frase sintetiza muito do pensamento político do actual Partido Socialista. E é mais um exemplo das diferenças entre o PS e o PSD.

Com a justificação da crise que vivemos, e optando pelo caminho mais fácil, o PS quer esmagar a sociedade civil, dando cada vez maior peso e maior intervenção ao Estado em vários domínios e de forma, muitas vezes, arbitrária.

Mas não se pode olhar para o actual momento, e fazer o que é mais fácil e mais agradável. Temos de preparar o futuro.

É fundamental garantir que as medidas a tomar hoje nos tornam mais fortes e mais capazes para encarar o amanhã.



Isso não será possível se sairmos desta crise com uma sociedade ainda mais esmagada pelo peso do Estado. Não estaremos melhor preparados para o futuro, se esse futuro passar por uma atitude de permanente intervencionismo do Estado, numa lógica quase paternal e muitas vezes asfixiante.


Não significa isto que ao Estado não cabe um importante papel, nalguns casos até de intervenção, na nossa economia.

Mas temos de dar espaço, criar condições e fomentar a iniciativa da sociedade civil. Temos de saber valorizar e potenciar o papel das pessoas, da sua capacidade, da sua vontade.

Importa reforçar a sociedade civil, acreditando na liberdade, e responsabilidade, das pessoas para definir o seu futuro.

Com uma sociedade civil mais forte, mais capaz, mais empreendedora, o País será, inevitavelmente, mais coeso e terá um futuro melhor e mais sustentado.

Portugal precisa da sociedade civil, das pessoas.
Portugal precisa das forças políticas que não têm medo, nem preconceito, relativamente ao papel da sociedade civil, da iniciativa privada, no delinear do futuro colectivo.



In Blogue "Novas Políticas" do IFSC

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